Por CIB Notizie, 23 de outubro de 2004.

 

Com um rádio de válvulas, usado na frequência de ondas curtas, Marcello Bacci, comerciante da pequena Grosseto, capta e grava vozes de pessoas que já morreram.

As pesquisas e os trabalhos de Marcello Bacci foram apresentados ontem (22) em Brasília, no Fórum da LBV, pelo expert no tema Paolo Presi. Perito industrial no setor da aeronáutica e especialista no estudo da Psicofonia/Metafonia há mais de trinta anos, Paolo Presi estuda de perto o trabalho que vem sendo desenvolvido por Marcello Bacci em uma pequena cidade da Itália Central.

Ontem, Presi apresentou suas conclusões no Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência: “Após anos de pesquisa sobre a transcomunicação, sei que não se trata apenas de um fenômeno físico na frequência do rádio, como se acreditou até agora, mas sim de uma manifestação em grande parte dependente da mediunidade de Bacci”, afirmou o pesquisador italiano.

Marcello Bacci começou a captar vozes em um aparelho de rádio bastante antigo, ainda a válvulas. Seu trabalho começou a ser reconhecido pela comunidade local, mais tarde por pesquisadores. Em um dos momentos do trabalho de Bacci, um físico presente ao experimento sugeriu que fossem feitas algumas alterações no processo, como a mudança de faixa no rádio ou a mesmo a retirada das válvulas.

Paolo Presi: “O fator catalisador do fenômeno não está em sua composição mecânica/eletrônica.”
(Foto: Divulgação)

Nada disso alterou a transmissão, “o que comprova que o fenômeno não depende do equipamento propriamente dito, mas da situação mediúnica no local. O aparelho acaba funcionando como um receptor de uma sonoridade que é modificada pela inteligência comunicante, mas o fator catalisador do fenômeno não está em sua composição mecânica/eletrônica”, enfatiza Presi.

Ele reforçou sua tese informando que tem havido uma melhora progressiva na qualidade das transmissões, mesmo que o equipamento permaneça o mesmo há anos. A maior parte das pessoas que procura Marcello Bacci no Laboratório de Pesquisas de Transcomunicação em Grosseto (Itália Central), querem receber notícias de entes familiares.

Alguns casos foram relatados por Presi. Entre essas pessoas, a maior parte é de mães que buscam comunicação com filhos que já morreram: “Mãe, aqui é Maximiliano. Estou bem. Não é maravilhoso?”, afirmou um deles para a surpresa de Ilda, que foi até Bacci mas não se identificou ou deu detalhes sobre sua vida. “Cheguei cheia de dúvidas, agora sei que é verdade”.

O grande resultado desse trabalho de Bacci é a mudança de atitude dos que experimentam o contato. “A primeira vez que escutei a voz do meu filho foi um choque. Reconheci de imediato, mesmo antes de ele se identificar, com todas as pequenas particularidades do seu jeito de falar. A cada vez que o ouço, minha vida se renova” diz com um largo sorriso, uma dessas mães.

O objetivo de Paolo Presi é mostrar a autenticidade desses fenômenos que reforçam a tese de que a morte não é o fim de tudo. “Trata-se de um fenômeno natural que, apesar de causar uma emoção inevitável, deve ser encarado com a perspectiva de um reencontro, mais cedo ou mais tarde”.

Marcello Bacci em seu laboratório na Itália (Foto: Divulgação).

Paolo Presi é responsável pelo Departimento Voci Paranormali del Il Laboratorio di Ricerca Interdisciplinare Biopsicocibernetica, de Bologna e, junto com Daniele Gullá, especialista em eletroacústica, desenvolve há três anos estudos com sistemas informatizados de última geração. Seus trabalhos já evidenciam a frequente presença de anomalias eletroacústicas que permitem diferenciar vozes paranormais das vozes humanas.

O fórum

O encontro ecumênico mundial abriu sua II sessão plenária neste 20 de outubro com a presença de 32 conferencistas de vários países e áreas profissionais. O idealizador do evento, o jornalista José de Paiva Netto, cumprimentou os presentes com uma mensagem onde diz ser gratificante “ver uma nossa proposta prosperar e trazer frutos de sabedoria e exemplos de concórdia”.

Na sequência da sessão solene de abertura, o painel sobre “O que é vida? O que é morte?” contou com a presença de Elias de Andrade Pinto, Reverendo da Igreja Presbiteriana Independente; Iya Sandra Epega – diretora-adjunta do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo, membro do Conselho Religioso do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira e do Conselho Parlamentar pela Cultura de Paz da Assembleia Legislativa de São Paulo; José Carlos Brandi Aleixo – Padre, Ph.D. em Ciências Políticas, Presidente de Honra do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais; Nestor Mazotti, Presidente da Federação Espírita do Brasil (FEB).

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Nota do editor do site ‘Além da Ciência’: os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessária e irrestritamente, a opinião e suporte deste website. O material está sendo disponibilizado aqui para estudo e pesquisa, sendo que cada um deve fazer o seu próprio julgamento.
Esta matéria foi publicada no site da Comunidade Italiana no Brasil (CIB) com o título original de “Italiano grava vozes do Além” e foi revisada por Alexandre de Carvalho Borges para publicação aqui. As fotografias não continham no original.

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