Uma grande perda para a área que pesquisa cientificamente a vida após a morte. É o que podemos dizer ao noticiar o falecimento, em 25 de abril deste ano, do pioneiro pesquisador, parapsicólogo, espírita e engenheiro civil brasileiro Hernani Guimarães Andrade.
Pesquisas sobre reencarnação
Uma das grandes investigações conduzidas por Hernani Andrade sobre o tema da vida após a morte, e que agora deixa como legado, foi sobre a possibilidade de existir a reencarnação. Esse trabalho foi principalmente publicado em seu livro Reencarnação no Brasil (O Clarim, 1988).
Em território brasileiro, Hernani seguia os mesmos princípios do psiquiatra canadense e pesquisador Ian Stevenson, igualmente trabalhando com hipóteses ao tratar da reencarnação. Inclusive, o subtítulo do seu livro era cauteloso, ao intitulá-lo de “oito casos que sugerem renascimento”.
Neste livro, depois de analisar em cada caso as hipóteses de: a) fraude; b) criptomnésia; c) ESP; d) Super-ESP; e) memória genética e f) incorporação mediúnica, Hernani sempre escolhia a hipótese da reencarnação como a mais provável. Não podemos deixar de ressaltar que, é verdade, há influências em seu julgamento desta casuística por ele ter sido espírita.
Legado de pioneirismo
Com a morte de Hernani Guimarães Andrade, quem agora vai segurar o bastão do ‘espiritismo científico’ no Brasil? Por reconhecimento imediato, depois da morte de Chico Xavier, muitos espíritas “elegeram” Divaldo Franco como continuador do seu legado. Entretanto, a ala científica deverá ter um expoente próprio.
O pessoal da área da transcomunicação instrumental (TCI) tem um grande débito com o trabalho do Hernani. Sendo ele um pioneiro da TCI no Brasil — tendo escrito dois livros sobre o assunto —, os pesquisadores esperam iniciar agora uma nova fase para a transcomunicação brasileira com o trabalho de Hernani no alegado “mundo espiritual”.
Nunca encontrarei explicação para o seguinte: em 1997, eu, carioca que morava em São Paulo desde os 21 anos, fui estudar na UNESP de Marília após uma prova de transferência. Estava com 51 anos e cursava Ciências Sociais. A moradia ficava em Bauru. Acredito que tenha sido no 1o dia de aula que tive contato com a revista Planeta onde havia uma reportagem com o Dr Hernani Guimarães. Seis meses depois eu começo a andar pelas ruas de Bauru, a esmo, me sentindo muito intranquila, e ao invés de me dirigir ao local onde deveria pegar o fretado deparei com um centro espírita e entrei. Era o centro do Dr Hernani Guimarães que havia se mudado do bairro de Vila Mariana para Bauru, em 1997. Eu tbm tinha vindo de Vila Mariana, da mesma rua onde ficava o IPPB do Dr Hernani. E lá aconteceu o que me acontece sempre que entro em locais onde se trata do invisível:tive uma crise de choro incontrolável. Esta foi a 1a vez. Tive experiências com TI e parei porque não sabia como dar continuidade. isto foi há 27 anos.