A Transcomunicação Instrumental (TCI) é um campo de pesquisa que investiga a questão milenar da possibilidade de existir uma vida após a morte. Uma das grandes questões da humanidade ainda não respondidas é saber se o ser humano sobrevive após a sua morte física.

Existirá um mundo intangível para nós, que seja habitado por seres que outrora residiam no planeta Terra? Se sim, seria possível que os seres inteligentes deste suposto universo intangível possam se comunicar conosco? Caso afirmativo, como esta comunicação seria possível?

São perguntas antigas para respostas que, até o momento, ainda não foram satisfatoriamente respondidas. Na cultura popular de muitos povos ou em variadas tradições religiosas este mundo ignaro é popularmente chamado de “Além”, ou “mundo espiritual”. Este seria o local onde estariam vivendo agora nossos falecidos e entes queridos que partiram da Terra.

O que significa o termo Transcomunicação Instrumental

O termo Transcomunicação vem da combinação contraída das palavras Transcendental e Comunicação, ou seja, da alegada comunicação com o transcendente. Entende-se a palavra transcendente como algo que ultrapassa os limites ordinários, algo sobrenatural, fora da compreensão atual pelos ditames científicos.

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A Transcomunicação Instrumental ainda não foi comprovada pela ciência

Na Transcomunicação essa comunicação transcendente se processaria com o já referido “mundo espiritual”, um alegado outro plano de existência que seria habitado por entidades inteligentes, popularmente conhecidos como espíritos. E o que vem a significar a palavra instrumental?

Ela designa que esta comunicação transcendental se processaria por meio de instrumentos ou aparelhos eletrônicos. Em resumo, a Transcomunicação Instrumental é a alegada comunicação por meio de aparelhos eletrônicos entre o nosso mundo e um suposto mundo espiritual.

Quais aparelhos são utilizados nos experimentos

Os aparelhos eletrônicos comumente usados nos experimentos de Transcomunicação Instrumental são em sua maioria aparelhos comuns, usados corriqueiramente no dia a dia das pessoas.

Entre alguns desses aparelhos estão o uso do gravador de fita cassete, o gravador digital, o rádio, a televisão, a filmadora, o telefone fixo, o celular, a secretária eletrônica, o fax e o computador. Outros aparelhos foram construídos ao longo dos anos especificamente para serem usados na pesquisa e nos experimentos neste campo.

Alguns desses aparelhos foram modificados e desenhados para operar em conjunto com outros instrumentos, visando melhorar os registros obtidos até o momento. Nestes experimentos por meio de aparelhos, tanto os comuns quanto os desenhados especificamente para este fim, são obtidos registros de áudio (vozes em grande parte), registros de vídeo, imagens e textos — todos oriundos alegadamente de um mundo espiritual.

Configuração de aparelhos utiliza por grupos de pesquisa a Europa
Configuração de aparelhos utilizada por grupos de pesquisa na Europa. Rádio, microfone e TV

Dentro os experimentos executados, cada aparelho tem a sua particularidade e o seu modo de operar. Por exemplo, em alguns aparelhos são obtidos somente vozes, e em outros são obtidos somente imagens. Boa parte das pessoas realiza experimentos apenas de áudio e utiliza o computador como ferramenta de trabalho, operando um software para que possa realizar essas gravações.

A hipótese mais popular para tentar explicar o fenômeno

A hipótese mais divulgada em todo mundo descreve que as vozes gravadas e obtidas nas sessões experimentais são originárias dos espíritos dos mortos. Essa hipótese sustenta que existe uma vida após a morte e que os espíritos podem se comunicar conosco através de aparelhos eletrônicos.

Esta hipótese ainda não foi comprovada e nem aceita pela ciência. As pesquisas realizadas na área são geralmente conduzidas por pesquisadores independentes ou por pequenos grupos interessados no assunto. (Muitos deles não adotando protocolos experimentais que sejam aceitos pela comunidade científica.)

Na realidade, é reconhecida a ausência de um estudo de ampla extensão que tenha sido realizado por cientistas e que possa concluir pela validação ou negação do fenômeno.

Apesar da carência de um estudo científico deste porte, os pesquisadores afirmam que a comunicabilidade com os habitantes de uma suposta realidade paralela já é possível, e eles se manifestam enviando-nos suas vozes e as imagens de seu mundo.

Segundo esta hipótese, para que a comunicação via voz seja estabelecida entre eles e nós é necessário que nós disponibilizemos um ruído ou sinal de fundo no momento da gravação. De alguma forma ainda desconhecida por nós, estes seres conseguiriam utilizar esse material sonoro para construir suas vozes. Essa base sonora é conhecida pelo nome de matéria-prima acústica de fundo.

Uma gama variada de explicações

A hipótese de que essas manifestações anômalas sejam oriundas dos espíritos dos mortos é apenas a hipótese mais cogitada para explicar o fenômeno, dentre outras. Alguns sustentam que o fenômeno seja originário de seres que nunca habitaram o planeta Terra, sendo entidades oriundas de outros mundos ou de outras realidades diferentes daquelas em que vivemos. Neste caso especula-se que o fenômeno tenha sua parcela oriunda de seres extraterrestres.

Software são utilizados para analisar as gravações de vozes
Softwares são utilizados para analisar as vozes de supostos espíritos

Outra hipótese concorrente afirma que o fenômeno tenha origem paranormal. Neste caso ele seria originário de alguma propriedade psíquica ainda não bem entendida por nós, como por exemplo, a psicocinese. A psicocinese seria a suposta capacidade de uma pessoa influenciar um objeto físico ou um evento por ação da mente.

Essa gama variada de hipóteses aponta para o lado mais transcendental do fenômeno, apesar de nenhuma delas também ter sido comprovada pela ciência. Para a comunidade científica o fenômeno pode ser explicado por fraude e por erros de interpretação, como a apofenia. Não temos a pretensão de definir aqui qual é a hipótese correta acerca da origem deste fenômeno, nem mesmo se todas essas hipóteses não sejam mutuamente excludentes.

Ou seja, em tese não há impedimentos para que o fenômeno contenha uma parcela de contribuição de todas essas hipóteses mencionadas. Deixamos em aberto a origem do fenômeno para que o leitor possa obter sua própria conclusão.

Referências 

[1] ANDRADE, Hernani Guimarães. A transcomunicação através dos tempos. São Paulo: FE, 1997.

[2] BANDER, Peter. Os espíritos comunicam-se por gravadores. Tradução de Harry Meredig. 7. ed. Sobradinho, DF: Edicel, 1999.

[3] GOLDSTEIN, Karl W. Transcomunicação instrumental. São Paulo: FE, 1992.

[4] JURGENSON, Friedrich. Telefone para o Além. Tradução de Else Kohlbach. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

[5] NUNES, Clóvis S. Transcomunicação: comunicações tecnológicas com o mundo dos “mortos”. Sobradinho, DF: Edicel, 1990.

[6] RINALDI, Sonia. Espírito: o desafio da comprovação. São Paulo: Elevação, 2000.

[7] SCHÄFER, Hildegard. Ponte entre o aqui e o Além: teoria e prática da transcomunicação. Tradução de Gunter Altmann. São Paulo: Pensamento, 1992.

4 COMENTÁRIOS

  1. Caro Alexandre. Acompanho e já participei de grupo de pesquisa em transcomunicação desde 1990. Quero elogiar seu trabalho nesta página, que mostra racionalidade e busca a verdade acima de tudo.
    Parabéns.
    Paulo Fallavena

  2. eu queria saber se consigo gravar os sons no sound forge 6.0 so que eu nao tenho o ruido braco, mas meu micro fone ta meio ruim e o pc ta sem aterramento entao eu posso conseguir capitar os sons e remixar eles no ots turntables pro com o canal Cue ligado ?

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