Nesta entrevista conversaremos com o engenheiro civil Pedro Spínola Rosa. Essa entrevista está focada em uma histórica gravação de Transcomunicação Instrumental (TCI), ocorrida no ano de 2002, na Bahia. Nesta ocorrência, foi registrada em fita cassete uma das gravações mais nítidas e extensas obtidas aqui no Brasil, atribuída ao espírito de Astrogildo Eleutério da Silva.
A sessão de gravação foi dirigida pelo pesquisador Clóvis Nunes, tendo Pedro Rosa ao seu lado e fornecido os equipamentos para que a mesma fosse realizada.
Toda a descrição dessa sessão histórica de TCI, assim como o áudio da mensagem, podem ser acessados neste site, no artigo “Gravação de um nítido e extenso áudio paranormal na Bahia: O episódio Astrogildo”. Essa entrevista com Pedro Rosa foi realizada por Alexandre de Carvalho Borges no ano de 2006.
Alexandre – No momento em que a gravação estava em andamento, com os rádios ligados, ninguém ouviu nenhuma voz saindo de seus alto-falantes?
Pedro – Não. Durante todo o experimento, que durou cerca de minutos, não se ouviu nenhuma voz saindo dos rádios. É necessário frisar que todos os presentes estavam em silêncio.
Alexandre – Logo após a fita ser rebobinada e posta em execução — para que todos os presentes ouvissem se algo havia sido captado —, qual foi a reação das pessoas no momento em que a voz surgiu?
Pedro – Reação de euforia e perplexidade. No início, a maioria dos presentes pensou que fosse uma mensagem de Chico Xavier, deixando-os comovidos, na minha percepção.
Alexandre – Houve novas tentativas de contatos depois desta gravação?
Pedro – Houve. Foi feita mais uma tentativa no mesmo dia, sem resultado. O mesmo ocorreu no dia seguinte, com as outras tentativas.
Alexandre – Em sua opinião, qual foi o fator causador para que este registro, em tão alta qualidade, e de tempo prolongado, tenha ocorrido?
Pedro – Não sabemos. Entretanto, é importante salientar que no experimento em questão (mensagem de Astrogildo) e só nesta tentativa e em uma outra, sem resultado, no dia seguinte, estavam presentes os contemporâneos de Astrogildo, da Federação do Estado da Bahia da mesma faixa etária.
Alexandre – No futuro, certamente muitos críticos irão afirmar que esta gravação foi fruto de uma fraude ou de algum tipo de manipulação, devido à sua característica excepcional. Qual a resposta que você poderia nos deixar hoje para rebater essas futuras críticas?
Pedro – A reunião foi registrada em ata por um Procurador de Justiça, aposentado, presente ao experimento e assinada por todos os presentes. A fita foi adquirida por mim e durante todo o evento a chave da sala ficou sob a minha guarda. Sei que isso não constitui provas. É uma questão de consciência e de ter o espírito aberto para novas descobertas.
Além disso eu não iria expor minha esposa, Procuradora de Justiça, presente à experiência e que também assinou a ata. A experiência foi conduzida pelo Clóvis Nunes, pessoa de renome no movimento espírita e pesquisador experiente.
Alexandre – Você acredita que uma mídia digital de gravação, como o computador, teria registrado essa voz? Ou, a fita cassete magnética tenha sido imprescindível para que o fenômeno pudesse ter ocorrido?
Pedro – Não sabemos.
Alexandre – Quem era Astrogildo? Você o conheceu em vida? Ele deixou uma mensagem na fita cassete em forma de versos. Era essa uma característica dele?
Pedro – Conheci o Astrogildo na Federação Espírita. Tinha relativa aproximação com ele. Lembro-me, entretanto, perfeitamente, do seu estilo de terminar as suas palestras em forma de versos.
Alexandre – Passados 4 anos após essa ocorrência, não ocorreu novamente aqui no Brasil um caso similar. Você acredita que outras ocorrências poderão ser registradas, futuramente, e por que elas não são frequentes?
Pedro – Ainda não dispomos de conhecimento suficiente para darmos respostas seguras a este tipo de indagação. O que posso dizer é que vamos continuar estudando e tentando.
Li todas as entrevistas e achei uma ótima oportunidade para se aprender inclusive sobre espiritismo.
A transcomunicações é um assunto muito instigante e precisamos nos informar a seu respeito