Em uma bela tarde de primavera, em 12 de junho de 1959, o pintor sueco e produtor de filmes para TV, Friedrich Jürgenson (1903–1987), levou seu gravador de fita magnética para sua casa de campo em Mölnbo, na Suécia, com a intenção de gravar cantos de diversos pássaros. Colocou o gravador perto da janela e acionou-o, assim que um tentilhão de faia pousou ali próximo.

Deixou rodar a fita por uns cinco minutos e depois rebobinou para escutar o registrado. Para sua surpresa, ouviu um som ruidoso e vibrante, e só bem baixo pôde distinguir o trinado do tentilhão. Num primeiro instante pensou em algum defeito no aparelho e, logo em seguida, repetiu a gravação na tentativa de verificar o acontecido. Novamente tudo se repetiu, os estranhos barulhos e o distante, quase inaudível, gorjear dos pássaros no campo.

Mas, subitamente soou um solo de clarim no decorrer da gravação, e uma voz de homem irrompeu falando em norueguês sobre “vozes de pássaros noturnos”. Jürgenson pensou agora na possibilidade de seu gravador ter captado alguma irradiação de uma emissora norueguesa, já que em certas ocasiões um gravador pode funcionar como rádio receptor. Mais tarde ele pôde se certificar que sua ideia estava equivocada.

SoundWave
A Era moderna do Fenômeno das Vozes Eletrônicas inicia-se em junho de 1959

A partir daquela data, Jürgenson não mais parou de executar gravações, conseguindo acumular milhares delas até o fim de sua vida, em 1987. Registrou vozes que lhe diziam: “Estamos vivos, Friedrich”, “Os mortos estão vivos”, “Somos mortos, mas os mortos são homens…”, etc. Passou a dialogar com as “vozes” e conseguiu inúmeras gravações, ao que ele atribuiu serem de conhecidos amigos e parentes seus já falecidos.

O surgimento do Fenômeno das Vozes Eletrônicas

Naquela fortuita tarde de junho estava iniciada a Era Moderna do que passou a ser conhecido posteriormente como Fenômeno das Vozes Eletrônicas (Electronic Voice Phenomenon, EVP). Mais tarde, com a ampliação e diversificação da manifestação fenomênica, passou-se a designar de Transcomunicação Instrumental (TCI), que em 2004 completou 45 anos.

A Transcomunicação Instrumental é a alegada comunicação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, realizada através de aparelhos físicos, eletrônicos. Essa expressão foi cunhada para se diferenciar das outras transcomunicações, tal como a mediúnica (que se serve necessariamente de um meio humano para que ocorra, o médium).

Essas comunicações transcendentes ocorrem mais comumente, segundo seus proponentes, através de gravadores de fitas magnéticas, telefones, televisores, computadores, rádios, fax’s e secretárias eletrônica. Outros instrumentos mais sofisticados também foram projetados ao longo dos anos, na tentativa de se estabelecer um contato estável e duradouro com os seres humanos falecidos, os espíritos.

Entretanto, a TCI ainda não foi provada cientificamente e aceita pela comunidade científica como uma evidente comunicação tecnológica bidirecional entre mentes dos humanos vivos com os mortos (espíritos vivendo em outra realidade, outro plano). As evidências neste campo ainda estão sendo debatidas no reino das hipóteses e exige-se, para esta área, mais estudos científicos controlados, profundos e extensivos.

Friedrich Jurgenson, o pioneiro em gravações de vozes de supostos espíritos

O papel histórico do pioneiro Friedrich Jürgenson na transcomunicação tecnológica pode ser considerado análogo ao do piloto estadunidense Kenneth Arnold (1915–1984) na ufologia. O histórico avistamento de nove objetos aéreos desconhecidos sobre os montes Cascade no Estado de Washington, em 24 de junho de 1947, marca o início da Era Moderna dos discos voadores.

As gravações de Jürgenson efetuadas naquela tarde em 1959 marcam o início da Era moderna da Transcomunicação Instrumental, apesar dele só as ter publicado abertamente cinco anos depois.

As primeiras gravações de “vozes dos espíritos”

Inicia, assim, a Era das Vozes Eletrônicas, superando o período dos instrumentos elétricos, que ganharam força no início do século XX com o advento do uso prático da eletricidade. Supera-se o uso de instrumentos mecânicos, presentes no século XIX e início do XX — como as “mesas girantes” e as tábuas de Ouija.

Esses marcos são simbólicos, pois assim como na ufologia, já existiam relatos de objetos aéreos incomuns — como a descrição de um fazendeiro texano que usou a palavra “pires” para descrever um objeto escuro cruzando o céu em alta velocidade, já em 1878 —, na Transcomunicação Instrumental também existem relatos antigos de tentativas de contato com espíritos por aparelhos.

Como se refere o padre francês e transcomunicador, François Brune, em seu livro Os Mortos nos Falam (Edicel, 1994):

Existiram muitas outras gravações antes de Jürgenson, a maioria geralmente obtida involuntariamente, mas elas não geraram pesquisas sistemáticas. Algumas passaram mesmo completamente despercebidas e só foram notadas quando o fenômeno adquiriu uma ampla audiência”.

Há descrições de que os primeiros registros de gravações de vozes atribuídos a espíritos ocorreram por acaso na Sibéria, em 1901. A gravação foi feita através do único recurso da época, um fonógrafo, que registrava o som em um rolo cilíndrico.

O antropólogo americano Waldemar Bogras (1865–1936) estaria gravando cânticos de rituais xamãs na tribo dos Tohouktchi, quando ao ouvir o que tinha acabado de gravar no rolo pôde notar vozes em inglês e russo, misturadas entre os cânticos e batidas dos tambores do ritual. Não podendo atribuir a uma origem comum, acreditou ser a manifestação dos espíritos a quem os xamãs evocavam.

Desde tempos imemoriais o homem tenta se comunicar com seus mortos e busca descobrir se realmente existe uma vida após a morte física. Especulações, hipóteses e teorias foram criadas e lançadas numa tentativa de descrever esse mundo ignoto, essa outra existência, um hipotético mundo invisível para nós, mas que seria capaz de coexistir conosco.

Fitas cassete usadas para gravar supostas vozes de extraterrestres
Fitas cassete eram usadas para gravar supostas vozes de extraterrestres

Com a invenção e chegada dos primeiros instrumentos eletrônicos e com os resultados pioneiros obtidos com eles, o homem renovou suas esperanças em contatar os mortos através de um patamar tecnológico nunca visto antes. Com os instrumentos se permitiria contatar os falecidos, sem necessariamente usar os médiuns, e o sonho de gravar suas vozes e registrar as imagens do mundo onde eles viviam estava sendo finalmente desvelado.

Aparelhos eletrônicos para contatar com extraterrestres

Com a já instalada febre na década de 70 das “vozes de falecidos” — captados em gravadores de fitas magnéticas —, alguns aventaram a ideia de como poderiam também entrar em contato com seres extraterrestres por meio desses aparelhos.

Pensaram na possibilidade de contatar criaturas que habitam este nosso Universo — alguns deles que supostamente nos visitam com suas máquinas voadoras —, como também se comunicar com extraterrestres habitantes de hipotéticos outros Universos. Um dos primeiros a ajuizar este deslumbrante conceito, no período da Era moderna, foi o próprio Friedrich Jürgenson.

Como confessa o pesquisador em seu livro Telefone para o Além (Civilização Brasileira, 1972), de que “adotara uma ideia que, mais tarde, verifiquei ser errônea: eu estabelecera uma correlação entre as vozes enigmáticas e os denominados objetos não identificados (UFOs). Já naquele tempo [setembro de 1959] o número desses misteriosos objetos voadores avistados ultrapassara em muito os 100.000 mil, e praticamente não existia um país na Terra no qual não se tivessem observado essas enigmáticas máquinas voadoras. A ideia de que poderia haver uma relação entre as vozes de homens e mulheres, gravadas nas minhas fitas magnéticas, e a tripulação desses UFOs não era assim tão absurda”.

Posteriormente, Jürgenson abandonou essa noção de “homens do espaço” interferindo nas suas fitas, quando fez, segundo ele, uma análise rigorosa. Concluiu que “não tinha mais qualquer dúvida de que no tocante aos fenômenos das fitas magnéticas, tratava-se de ocorrências superfísicas e parafísicas, que só podiam ser investigadas de maneira prudente e com imparcialidade, sem ideia preconcebida”.

Nicola Tesla e Marconi acreditavam ter contatado com marcianos via rádio

Jürgenson não fora o primeiro a pensar nessa correlação. Muito antes disso, no século XIX, outros ilustres homens já experimentavam a tentativa de se comunicar com extraterrestres por aparelhos diversos. O grande gênio inventor Nicola Tesla (1856–1943) alegou ter recebido em 1899, em seu laboratório em Colorado Springs, sinais de rádio de origem extraterrestre. Ele acreditou que teriam sido provavelmente enviadas por entidades habitantes de Marte.

Nicola Tesla teria contatado extraterrestres?
Nicola Tesla pensou ter contatado sinais de rádio extraterrestres

Seu anúncio foi recebido com descrédito e relutância pela comunidade científica da época. Hoje se sabe que tais sinais são ondas de rádio cósmicas, emitidas por meios naturais no Universo. Anos mais tarde, um homem de nome Arthur H. Matthews — que trabalhou junto com Tesla — publicou um livro chamado The Wall of Light: Nikola Tesla & the Venusian Space (Health Research, 1973).

A primeira parte deste livro foi escrita pelo próprio Tesla, onde relata sua autobiografia, e o restante do livro foi escrito por Matthews, com alegações para além do extraordinário. Ele afirma, entre outras, que Tesla era um venusiano e que trabalhou secretamente num aparelho de nome Teslascope, que tinha como intento se comunicar com entidades em Marte.

Entretanto, ninguém tem confirmado a existência de tal aparelho. Na verdade, muito de mito existe em torno desta figura enigmática e excêntrica de Nicola Tesla.

Outra personalidade muito conhecida publicamente e que, seguindo na esteira da polêmica de Tesla, também esteve envolvida na possibilidade de comunicações por rádio com inteligências extraterrestres, foi o físico italiano Guglielmo Marconi (1874–1937) (mais conhecido pela história como o inventor do rádio). Ele também declarou que estaria recebendo sinais estranhos, no que ele acreditava serem originários de inteligências em Marte.

Em 20 de janeiro de 1919, o jornal New York Times publicou seus próprios comentários sobre sua crença em mundos habitados que podem nos contatar por ondas de rádio. O curioso disto tudo não é apenas que estes dois ilustres homens — Tesla e Marconi — estiveram envolvidos na questão de contatar marcianos, mas é considerável como Marte até hoje ainda suscite entusiásticas controvérsias sobre sua ligação com discos voadores e entidades inteligentes, apenas variando o enredo das alegações.

Contatos com extraterrestres por meio do rádio 

No próprio mundo da ufologia alguns contatados declararam estabelecer alguma comunicação com os ufonautas por meios de aparelhos diversos. O americano George Hunt Williamson (1926–1986) era um deles. Mais conhecido como sendo uma das testemunhas do famoso contato do polonês-americano George Adamski (1891–1965) com um dito venusiano no deserto da Califórnia, em 1952, Williamson diz ter contatado ocupantes de discos voadores usando códigos telegráficos por meio do rádio, durante os anos de 1952 a 1953.

Escreveu um livro, junto com Alfred C. Bailey, para narrar suas experiências nesse campo: The Saucers Speak! A Documentary Report of Interstellar Communication by Radio Telegraphy (New Age Publishing Co, 1954). No contexto da década de 50, em meio à onda contatista e três anos antes dos russos lançarem ao espaço o primeiro satélite artificial, talvez este livro pudesse causar impressões de grande credulidade.

Hoje em dia a análise já é mais crítica. Nosso conhecimento atual sobre astronomia é incompatível com várias mensagens deixadas por “Zo”, um dos extraterrestres que Williamson diz ter contatado.

Daniel Fry tentanto contatar ETs na década de 50
Daniel Fry tentando contatar ETs via rádio na década de 50

O famoso contatado americano Daniel Fry (1908–1992), protagonista, segundo ele, de contato com um disco voador na década de 50 no campo de provas de White Sands, Novo México, também tentou se comunicar com extraterrestres por aparelhos. Construiu um rádio de frequência múltipla para esse fim, mas aparentemente não houve sucesso. O rádio transmitia, mas não recebia.

O cenário ufológico na década de 50, de supostos contatos com extraterrestres por rádio, ainda não estaria no fim. Outro protagonista polêmico vivia cenas bizarras e descrevia relatos fantásticos. Este homem era Albert K. Bender, fundador de uma pequena organização ufológica chamada International Flying Saucer Bureau. Bender ficou lembrado na história da ufologia como o primeiro homem a ter estado de frente com os esquivos MIBs (Homens de Preto).

Posteriormente, publicou um livro contando suas aventuras com os MIBs (eram três), de nome Flying Saucers And The Three Men (Saucerian Books, 1962), onde curiosamente também narrava anomalias que aconteciam com seu rádio. Seu rádio aparecia ligado em diversas ocasiões, sem um aparente motivo, quando somente posteriormente Bender soube que a razão eram os MIBs que desejavam fazer contato.

Diz em seu livro: “Eles [os MIBs] me deram um pequeno disco do tamanho de uma moeda. E me disseram que quando quisesse entrar em contato com eles deveria apertar esse disco em minha mão, ligar o rádio e repetir três vezes a palavra Kazik”. Neste caso de Bender, o rádio funcionava aparentemente apenas como um dos meios necessários para o contato, não havendo comunicação direta através dele.

Albert K. Bender conta suas aventuras com os MIBs em seu livro
Albert K. Bender conta suas aventuras com os MIBs em seu livro

Uri Geller e seus alegados contatos com extraterrestres por meios eletrônicos

Mas, não foi exclusivamente de tentativas e fracassos que a proposta de comunicação com alienígenas, por meio de aparelhos, operou. Saindo do panorama da ufologia e adentrando no campo da Parapsicologia e da própria Transcomunicação Instrumental, os episódios tornaram-se mais chocantes.

Na parapsicologia, o sempre polêmico e ainda questionável autoproclamado paranormal Uri Geller viria a ser o centro de intensos eventos envolvendo UFOs e Fenômenos de Voz Eletrônica (EVP) na década de 70.

O israelense Geller ficou famoso, nos anos 70, entortando metais, fazendo relógios parados voltarem a funcionar e lendo a mente das pessoas, supostamente com sua força psíquica. Um lado pouco divulgado de Geller são suas vivências com o EVP por meio de gravadores de fita magnética e telefone.

Grande parte de suas experiências foram vividas ao lado de Andrija Puharich (1918–1995), médico americano que “lançou” Geller ao conhecimento do mundo, ao efetuar pesquisa científica sobre os alegados dotes paranormais dele.

Puharich escreveu um livro sobre suas pesquisas com Geller: Uri Geller: Um Fenômeno da Parapsicologia (Record, 1974). No livro são relatados diversos episódios, onde uma voz saía do alto-falante do gravador de Puharich e pregava instruções, procedimentos de pesquisas e informações sobre Uri Geller.

Em uma das oportunidades, Puharich, na presença de Geller, perguntou quem era aquela voz e obteve a seguinte resposta: “Podem usar o nome de Spectra. Mas, na verdade, Spectra é o nome de uma espaçonave que usamos, da mesma forma que vocês usam um planeta. Nos últimos oitocentos anos que está estacionada acima da Terra. É tão grande quanto uma das suas cidades. Mas apenas vocês podem ver-nos.

Inexplicavelmente, muitas das fitas gravadas desapareciam posteriormente, como se os registros de prova tivessem que ser apagados. Em outra oportunidade, Geller e Puharich sentaram-se ao redor do gravador e chamaram para que a enigmática voz se manifestasse. Não houve resposta. Depois de várias horas, a voz surge pelo alto-falante do gravador e diz:

“Uma de nossas falhas é que não podemos entrar em contato diretamente. Podemos falar-lhe apenas através do poder de Uri no gravador. […] Talvez, com o tempo consigamos comunicar-nos com você diretamente”.

Uri Geller (esquerda) e Andrija Puharich. Viveram intensos fenômenos estranhos com OVNIs e anomalias em gravadores
Uri Geller (esquerda) e Andrija Puharich viveram intensos fenômenos estranhos com OVNIs e anomalias em gravadores

Uri Geller submeteu-se a muitas investigações sobre seus alegados poderes paranormais, principalmente sobre sua capacidade de entortar metais. No entanto, para a ciência, não ficou provado que ele tenha dons fora do comum.

Outros contatos por meios técnicos com extraterrestres

No terreno da Transcomunicação Instrumental, nem todos os pesquisadores aceitaram o conceito do pioneiro Jürgenson, de que as vozes seriam de espíritos. Pelos resultados de suas próprias investigações, os pesquisadores sentiam que deveria haver outro componente causador das manifestações de aparições de vozes em gravadores, em rádios e telefones.

Alguma entidade extraterrestre poderia estar por detrás de uma porcentagem das manifestações? Alguns pesquisadores se aventuraram neste campo inexplorado.

Uma das pioneiras neste ramo de pesquisa foi a pesquisadora norte-americana Sarah Estep, fundadora da American Association of Electronic Voice Phenomena (AA-EVP – Associação Americana do Fenômeno das Vozes Eletrônicas). Estep acredita ter recebido algumas vozes de extraterrestres por meio do seu gravador de fita.

Vozes mencionam sobre espaçonaves, de procederem da estrela Alfa Centauro e de estarem próximas da pesquisadora para ajudá-la. Estep conta sobre suas experimentações com gravações de supostas vozes de espíritos e entidades extraterrestres no seu livro Voices of Eternity (Ballantine Books, 1988).

 Sarah Estep acredita ter recebido vozes de extraterrestres por meio do seu gravador de fita.
Sarah Estep acredita ter recebido vozes de extraterrestres por meio do seu gravador de fita.

Ainda nos anos 80, a pesquisa da Transcomunicação Instrumental seria tomada de surpresa com os resultados avançados e inovadores das experiências vividas por um casal luxemburguês, Jules e Maggy Harsch-Fischbach. O casal tinha chegado a um patamar de conjunto de resultados nunca antes obtido por nenhum outro pesquisador.

Eles estavam na vanguarda da pesquisa da época, algo que amargaram, muitos anos mais tarde, a acusação de fraude, por tamanha expressão da manifestação fenomênica. Os Harsch diziam obter comunicações em áudio por meio dos aparelhos de telefone, gravador, rádio, computador e fax, e também comunicações em vídeo pela televisão com entidades espirituais e com seres superiores vivendo em outras dimensões.

Maggy escreveu o livro Transcomunicação: A Comunicação com o Além por Meios Técnicos (Pensamento, 1989) junto com o parapsicólogo suíço Theo Locher, narrando suas experiências. Os Harsch diziam estar em contato com várias entidades. Uma delas era uma entidade não humana, de codinome “Techniker” (do alemão, “Técnico”), que transmitia inúmeros conhecimentos para o aperfeiçoamento da aparelhagem de contato.

Outra entidade se apresentava como Dra. Swejen Salter, que vivia em outra dimensão além da nossa. E o casal dizia, assim, manter permanente e rotineiro contato com seres habitantes de outras dimensões, (extradimensionais), mas nada era relacionado diretamente a tripulantes de UFOs.

A listagem de tentativas, fracassos e buscas de se alcançar uma resposta vinda de extraterrestres por meios de aparelhos é imensa. Tantos homens sonharam, através dos tempos, e ainda sonham em conseguir constituir uma comunicação clara com extraterrestres por meio de algum aparelho físico, como um rádio, que se facultasse sintonizar numa estação e dialogar livremente. Ou, como em um telefone, onde pudesse discar ou receber uma chamada.

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A pesquisadora Maggy Harsch-Fischbach dizia contatar entidades não humanas por aparelhos

Tudo ainda é loucura perante a ciência, que descarta todas essas histórias como pseudociência de uma era de tecnologia. Talvez, todos esses episódios estejam mesmo equivocados e sejam acontecimentos naturais ainda não bem compreendidos, ou… talvez haja algo de concreto nesse ambiente ruidoso de aparente desordem e desconexão.

A Transcomunicação Instrumental nasceu como uma tentativa de estabelecer diálogo com espíritos, mas inovou e abrangeu a possibilidade de também se comunicar com ufonautas, com extraterrestres em nosso Universo ou mesmo seres de outras dimensões.

Apesar de quase 50 anos, as pesquisas ainda são embrionárias, os resultados pretensamente atribuídos à ETs estão ainda sendo debatidos e o investigador ainda está tateando nas possibilidades, sem muito saber porque seus aparelhos estão apresentando anomalias, das quais a ciência atual nega existir ou explica-as convencionalmente.

Talvez, não obtenhamos nenhuma resposta pela procura oficial de ETs com o SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), mas se investirmos em um programa oficial de pesquisa sobre as Vozes Eletrônicas, quem sabe obteríamos resultados promissores.

Na segunda metade do século XX, alguns ufólogos têm filosofado sobre a possibilidade de que os tripulantes dos discos voadores e os espíritos serem duas manifestações diferentes de uma mesma origem.

Tem-se tentado criar e estabelecer uma categoria chamada de ufologia espírita ou mesmo espiritismo ufológico, para preferência de outros. Já outro grupo de pensadores vai mais além e tentam agrupar diversas entidades do mundo sobrenatural, tais como anjos, fadas, fantasmas e similares, em uma origem comum.

Um dos mais influentes pensadores dessa corrente é o escritor americano e pesquisador do paranormal, John Keel. Quem sabe, ufólogos, espíritas, religiosos e parapsicólogos estejam buscando algo que, no fundo, seja a manifestação múltipla de um mesmo algo. Só o futuro dirá.

Referências

[1] BENDER, Albert K. Flying saucers and the three men. Clarksburg, WV: Saucerian Books, 1962.

[2] BRUNE, Pe. François. Os mortos nos falam. Tradução de Arlete M. Galvão de Queiroz. 2. ed. Sobradinho, DF: Edicel, 1994.

[3] ESTEP, Sarah. Voices of eternity. New York: Ballantine Books, 1988.

[4] JURGENSON, Friedrich. Telefone para o Além. Tradução de Else Kohlbach. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

[5] LOCHER, Theo; HARSCH, Maggy. Transcomunicação: a comunicação com o Além por meios técnicos. Tradução de Harry Meredig. São Paulo: Pensamento, 1992.

[6] MARCONI, Guglielmo. Radio to stars, Marconi’s hope. The New York Times, New York, p. 1, 20 Jan. 1919.

[7] MATHEWS, Arthur H. The wall of light: Nikola Tesla and the venusian space ship. The X-12. Pomeroy, WA: Health Research, 1973.

[8] PUHARICH, Andrija. Uri Geller: um fenômeno da parapsicologia. Tradução de A. B. Pinheiro de Lemos. Rio de Janeiro: Record, 1974.

[9] WILLIAMSON, George H.; ‎ BAILEY, Alfred C. The saucers speak! A documentary report of interstellar communication by radio telegraphy. Los Angeles, CA: New Age Publishing Co., 1954.

6 COMENTÁRIOS

  1. Angra dos Reis (RJ) Brasil, Segunda-feira, 27 de setembro de 2010. 1 de 3.

    Significado do misterioso objeto cintilante visto valsando pelo céu do Rio de Janeiro.

    Ser iluminado visitará a Terra através do Brasil.

    Arquipélago do Havaí desaparecerá da face da Terra.

    Sras e Sres.

    Aquele misterioso objeto cintilante que foi visto valsando majestosamente pelos céus do Rio de Janeiro na tarde do último dia 14 deste mês de setembro, sendo noticiado pelos veículos de comunicação, (ver video Eptv.com/notícias, e outros) é meramente um Avatara (Em sânscrito = descida ou personificação de um ser iluminado, divindade ou o próprio Supremo em um planeta) manifestando-se em forma de essência ou matéria cósmica, na eminência de fazer uma visita de socorro a este nosso agonizante Planeta Terra.

    Ciclicamente esses Avataras descem em um planeta celeiro como a Terra, no objetivo de intervir quando o mesmo se encontra em um processo aparentemente irreversível de destruição total ou parcial, e previamente se manifestam desta forma que acabamos e voltaremos a testemunhar através dos veículos de comunicação.

    O objetivo da visita que este Avatara fará ao nosso planeta através do Brasil, (verdadeira Terra de promissão) será intervir e conduzir esta nova fase da transição planetária que a Terra já adentrou, quando acontecerão fatos inacreditáveis também relacionados às mudanças na geografia dos continentes, a começar pelo brevíssimo desaparecimento de todo o arquipélago do Havaí, intervindo também antes que o Irã adquiria sua primeira bomba atômica, e o Sr. Ahmadinejad realize o velho sonho dos principais pilares do islã, que uma vez realizado, se tornará um dos principais epicentros para o desencadear da marcha do Oriente contra o Ocidente.

    E para não dizerem que não falei das flores, visando facilitar novos testemunhos oculares das próximas aparições deste Avatara, valsando majestosamente pelo céu carioca, assim como de Seres iluminados de hierarquias inferiores pelos céus de todo Brasil, durante estes já chegados entardeceres primaveris, esta nova primavera que acabou de desabrochar aqui no hemisfério Sul, trará consigo dias ensolarados, que por tempo indeterminado manterão os céus abertos em um azul anil jamais vistos por Brigadeiros do ar e demais aviadores, causando inveja a Almirantes e Generais, e nos proporcionando uma temperatura agradável e uniforme na média de uns 35 graus do Oiapoque ao Chuí, que surpreenderá nossos ilustres meteorologistas.

    Entretanto, os céus serão mantidos abertos nos proporcionando noites estreladas de um brilho incomum, e todas as tardes antes do pôr- do- sol, este Avatara principal valsará majestosamente pelo céu do Rio de Janeiro, até que a pessoa que está sendo preparada para lhe emprestar seu corpo físico para sua personificação aqui na Terra, consiga o apoio logístico necessário para realização deste milenar evento cósmico que mudará os rumos da humanidade para melhor, e que precisará ser levado ao testemunho de cada lar terreno através da imprensa Mundial, que felizmente hoje em dia dispõem das mais avançadas tecnologias de comunicação, que permitirão que ao contrário de 2000 anos atrás, desta vez todos possam testemunhar e documentar.

    Este evento deverá ser transmitido de um palco a ser montado lá nos pilares do Cristo Redentor, e assim, finalmente serão chegados os dias que o Mundo conhecerá o verdadeiro valor desta gente brasileira, e a séria missão que o grande arquiteto dos universos reservou a esta verdadeira Terra de promissão que é o Brasil, e indubitavelmente no dia seguinte todas as Nações Terrenas se verão obrigadas a despertar esta Nação outrora chamada de ?O gigante adormecido? ao som do Ouviram do Ipiranga, enquanto que daqui as despertaremos e saudaremos ao som da Aquarela do Brasil, que tão logo as cortinas da verdadeira Nova Era sejam abertas, será adotada como o facultativo Hino Nacional Brasileiro.

    Portanto, sei o quanto todos estranharão o que lhes direi agora, e naturalmente dirão que eu enlouqueci, mas estou sendo preparado para tais reações, porém como medida de precaução, fui instruído a avisar a todos que essas forças ocultas que há muito patrocinam estes mais diversos males que há milênios se abatem sobre a humanidade, poderão tentar, digamos abortar minha missão, tentando até mesmo tirar a minha vida.

    Mas, se de alguma forma isto acontecer, você deverá seguir para o local onde estiver meu corpo portando este comunicado preventivo onde pedirá a todos os presentes que não tenham medo, ajudem montar uma corrente em torno do testemunho, fotografando e enviando fotos de meu corpo à imprensa nacional e internacional, aos veículos de comunicação como um todo, chame lideres religiosos e autoridades principalmente as Navais, não permitindo que sumam com ele.

    Pois, nem tudo estará perdido, minha morte será efêmera (passageira), e meu corpo se transformará em um Ser cósmico que vive no núcleo da via Láctea, do qual a verdadeira humanidade é originária, e precisará ser levado ao Corcovado, tendo na vanguarda de seu translado e segurança a nossa promissora Marinha do Brasil, e lá chegando, deverá ser exposto ao testemunho de toda humanidade, pois não importando a natureza de minha morte física, ressuscitarei ao sétimo dia para dar andamento a esta missão.

    No entanto, fica o alerta de que se meu corpo for levado para outro destino, e não puder ser usado por este avatara, daí então, a humanidade testemunhará uma explosão que ocorrerá em um local imprevisível, não estando descartada a possibilidade que seja em um grande centro, e que poderá ser tanto da magnitude daquela ocorrida a bordo do Encouraçado Aquidabã, aqui em Angra dos Reis em 1906, quanto daquela ocorrida na Sibéria Rússia em 1908, que ficou mundialmente conhecida como evento de Tunguska. (ver ambos os casos verídicos na internet).

    Porém, tal explosão ocorrerá devido ao fato que, física ou materialmente falando, estes Avatares são micros fragmentos de uma constante reação nuclear que ocorre no núcleo da via Láctea, sendo ciclicamente enviados ao planeta carente de iluminação, digamos divinas, viajam em uma trajetória espiral que torna impossível e irreversível o seu retorno ao núcleo.

    Então, ao não conseguirem encontrar o corpo físico do humano, ou humanos reais que estejam sendo preparados para hospedá-los como uma espécie de base ou antena receptora para energização, higienização e injeção de essência cósmica por todo o planeta que visitam, daí entram em uma reação adversa, causando uma explosão cuja data, assim como o local onde ocorrerá são imprevisíveis, e cuja magnitude depende da hierarquia do avatara, porém, no caso deste que é superior, e que já se encontra no orbe terrestre, fica o alerta que será da magnitude de uma bomba atômica.

    No entanto, preciso lembrar que em 2000, quando esta missão ainda era adolescente para ser cumprida, de forma precipitada, assuntos referentes a ela foram levados ao conhecimento de alguns órgãos de segurança, imprensa, chancelaria, assim como da Marinha do Brasil, a quem o futuro reserva a Missão das Missões, através de sua Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultura no Rio, sendo lidos e elogiados pelo nosso ilustre Contra-Almirante Max Justo Guedes, e arquivados junto ao Serviço de Documentação da Marinha.

    Agora, já se passaram dez anos, esta missão está suficientemente amadurecida para começar a se tornar realidade, e cumprindo ordens do dia, expedidas nestes dias chegados, por esses quatro ícones da Marinha do Brasil: Almirantes Tamandaré, Maximiano da Fonseca, Marinheiros Marcilio Dias e João Cândido, enviei uma prévia do assunto ao também ilustre Cnte Geral da Marinha, Almirante- de- Esquadra Julio Soares de Moura Neto, através do CEDEX RJ221625387BR postado no dia 11/5/ 2010, e recebido no dia 14/5/2010.

    E como se não bastasse, justo quando este assunto chegou ao ponto de ser divulgado, por influência de Netuno e também de Iemanjá, veio atracar aqui no porto de Angra dos Reis a Fragata Bosísio, aquela que também participou das buscas ao desaparecimento do Vôo 447 da Air France, e que embora cercada por tanta água, a sede da tripulação era mesmo por encontrar sobreviventes daquele trágico acidente aéreo que foi causado por esses mesmos Seres extraterrenos de origem Zetariana que dentro em breve derrubarão um vôo da British Airways.

    Daí então, fui instruído a levar este assunto ao conhecimento e testemunho de toda tripulação através de seu Comandante, que não me recebeu pessoalmente por que a Fragata estava prestes a zarpar, e ele estava em uma reunião com o Comandante do Colégio Naval. Mas rompi as barreiras e consegui fortalecer esta corrente de testemunho com mais um forte elo, ao enviar este assunto ao Comandante da Fragata Bosísio pelo oficial que o recebeu de minhas mãos no portaló (Mar= Portal de entrada em navios) no dia 22 de setembro de 2010, ali pelas 12:30 hrs.

    Porém, se você conhece alguém da imprensa, ou autoridades que possam nos ajudar a conseguir o apoio logístico para darmos as boas vindas a este Avatara antes que seja tarde demais, favor entrar em contato comigo, e se possível for, ajude a fortalecer esta corrente com mais um elo, repassando este assunto a todos os segmentos da sociedade, e o guardando para brevíssimas e futuras referências.

    Mas se o tempo e os fatos comprovarem que tudo isso foi fruto de uma destas viagens astrais, ou que fui e estou sendo enganado por forças ocultas e que tudo isso nada tem a ver, e nunca terá com a realidade terrena, mesmo assim, nem tudo estará perdido, pois unidos poderemos transformar tudo isso em um filme, e quem sabe finalmente trazer o Oscar 2011 ou 12 para o Brasil.

    Em contrapartida, se ninguém me conceder a devida atenção para que unidos possamos salvar este nosso agonizante planeta, e estes alertas se tornarem uma concreta realidade, daí os céus me absorverão de qualquer culpa, me ascenderão ao devido lugar para meu descanso físico e espiritual, enquanto vocês assistirão ou até mesmo se tornarão atores coadjuvantes deste filme cuja história verídica se baseará em uma troca de mísseis intercontinentais entre o Oriente e Ocidente, que terá inicio tão logo o Irã consiga a tão sonhada bomba atômica para jogar em Israel, enquanto que em paralelo, a tríplice aliança formada por ambas as Coréias e a China atacam a Terra do Sol Nascente.

    Grato pela atenção a mim concedida!

    ?A verdade é que existem muito mais mistérios entre as mais belas, inimagináveis e insondáveis profundezas dos Cosmos e a Terra, do que podia imaginar o nosso ilustre e notável Sir Willian Shakespeare?.

    e-mail: almirantenegrodobrasil@hotmail.com

    Ubiracir Batista Miranda.

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