Saiu o laudo da “Santa da Janela”, a “aparição” de uma imagem em uma janela de uma casa na cidade de Ferraz de Vasconcelos, São Paulo. O resultado é aquele que todos já esperavam: a “aparição”não era nenhuma imagem sagrada.
Especialistas que analisaram o vidro da janela disseram ser a imagem uma reação natural no vidro. A umidade gerou um “arco-íris”, que lembra uma forma humana. Religiosos associaram essa forma humana à Virgem Maria.
Santa trevas, Batman!
Lamentavelmente, a população menos instruída continuará a fazer adorações ao vidro, pensando ser alguma espécie de revelação da Virgem Maria. O padre e parapsicólogo Oscar Quevedo havia estado no local dias antes. O Jornal da Tarde, de 20 de julho de 2002, publicou a notícia de que os fiéis se revoltaram quando o padre disse que a “santa” não era santa:
“Anteontem, o padre Oscar Quevedo esteve na residência e disse que a ‘aparição’ não se trata de um milagre. Além disso, Quevedo condenou a adoração da figura pelos fiéis. A multidão não gostou e o padre teve de sair da casa escoltado por policiais da Força Tática.”
As estátuas que “choram”
Aproveitando que o tema da adoração de imagens religiosas está em voga, outro interessante campo do insólito são as conhecidas estátuas sagradas que “choram” sangue. Segundo alguns parapsicólogos defendem, o “fenômeno” seria causado pelo aporte do sangue de uma pessoa que está próxima. O “fenômeno” acaba se extinguindo quando pessoas que estão próximas do local sejam afastadas, anulando assim o efeito da alegada telergia.
Este tipo de “fenômeno” não ocorre apenas em estátuas, mas também em vitrais, em cerâmicas, retratos e papeis; e não apenas “choram”, no sentido de sair algum líquido pelos olhos, mas também ocorrem em várias partes do corpo, como pela cabeça, o nariz, o rosto, o umbigo e o queixo. Enfim, as estátuas não “choram”, e sim líquidos escorrem por todos os lugares.
A “Santa da Janela” não chorou — ou, pelo menos, ninguém ainda viu uma lágrima escorrer pelos seus “olhos”. Veja abaixo a reportagem sobre o laudo da análise do vidro:
Mancha em janela não é santa e sim reação do vidro, diz laudo
Folha de S.Paulo
do Agora S.Paulo.
14 de agosto de 2002
Uma reação normal, provocada pela incidência de luz numa mancha de água. É assim que o laudo de um especialista em vidros convocado pela Arquidiocese de Mogi das Cruzes caracteriza cientificamente a figura que lembra a imagem da Virgem Maria, descoberta há 30 dias, na janela de uma casa em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).
O fenômeno seria causado pela irisação, que ocorre quando a luz bate sobre vidros armazenados em contato constante com umidade e não completamente planos, e reflete as cores do arco-íris, formando um desenho.
De autoria do físico Collin Rouse, ex-professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), o documento ainda não é conclusivo e, por isso, não foi comentado ontem pela igreja, que espera ter resultados definitivos apenas em setembro.
Rouse colabora com a comissão de físicos, químicos, parapsicólogos e teólogos responsáveis pela análise do caso, que já atraiu mais de cem mil fiéis ao nº 330 da rua Antônio Bernardino Corrêa.
O laudo que desmente o suposto milagre não foi aceito por quem esteve ontem no local.
“Nem água, nem reação química, nem defeito no vidro – nada disso vai abalar a nossa fé”, disse Ana Maria de Jesus Rosa, 32, dona da casa onde a mancha surgiu.
A mais de 2000 anos cristo veio, foi morto e crucificado, e mesmo assim muitos não acreditam, então fique com seus especialistas e deixe as pessoas menos “instruidas” com suas fé!
Comparar a crença cristã em Jesus com uma mancha química em um vidro é bem desproporcional, não acha? Você pode professar sua fé sem o fanatismo da adoração por uma mancha em um vidro.
Por gentileza retirem o termo “adoração” e substituam por “veneração”. Pois adoração é somente ao Altíssimo Senhor nosso Deus. A frase “Fiéis em adoração da ‘santa da janela'” está extremamente errada.
Obrigado!
No dicionário Houaiss a palavra “adoração” também leva o significado de “venerar”. Em “adoração” há um dos significados: “veneração, culto que se rende a (alguém ou algo) que se considera uma divindade. Ex.: a. do Sol”
Ou seja, a adoração pode ser ao Sol, considerado divindade por alguns povos.
Caro bloguista, os cientistas usam a razão que têm, para irem até onde a essa razão os deixa ir; depois, param aí, porque pensam que o conhecimento acaba neles ou, pior, recusam-se a aceitar que o que conseguem saber é muito pouco.
Ora, como tal limitação perante o cosmos seria um absurdo total, mesmo para quem é ignorante, então devemos concluir que existe e ALGUÉM DOMINA MUITO BEM tudo o que existe, quer entendamos ou não. Não tenho dúvidas que os diversos livros apontados sobre o pressuposto conhecimento “além” deixam, no final, um vazio ainda maior do que no início dessas leituras, porque a nossa imaginação é mais abrangente do que a nossa real inteligência; então, tudo o que se leia de científico, com uma consciência apenas científica, vai colapsar, como colapsam tantos “inteligentes”. Mas, realmente, a comunicação com os que vão existe; é mais fácil, simples e frequente do que parece; não precisa de aparelhos eletrónicos nem de caça fantasmas; exige-nos a nós mais do que inteligência e ciência para aceitar e compreender; e, quem passar por isso, não quer nem precisa de ler mais livros dos que o sr. refere, porque são entediosos , falsos e perniciosos até para a saúde mental do indivíduo, pois são baseados em pressupostos alienáveis, especulativos e, em casos reais, de determinação limitada. Se quer dar a si próprio a curiosidade de outros “voos” mais verdadeiros, posso sugerir ALGO IMPRESSIONANTE como “TESTEMUNHO DO JUÍZO FINAL” – GLÓRIA POLO; “AS ALMAS DO PURGATÓRIO” – MARIA SIMMA; “CONFISSÕES DO INFERNO AO MUNDO CONTEMPORÂNEO” – EXORCISMOS DO PE.GABRIELE AMORTH. Se não quiser, pode fazê-lo mais tarde, ou nunca…e continuar a estudar muito para…continuar enganado!
Caro Celso,
O objetivo de se realizar experimentos é para obter registros físicos e mensuráveis do fenômeno, permitindo-nos estabelecer sua origem e mecânica. Não há nada “falso”, “pernicioso” ou que atinja a “saúde mental” do indivíduo. Entretanto, você me recomenda conhecer “a verdade” por meio de um livro escrito por uma pessoa que diz conversar com o demônio. Eu tenho certeza que não será por essa literatura que eu terei respostas concretas.