O veredicto final sobre as Pedras de Ica é de que elas são uma fraude. Essas rochas do tipo andesito ficaram mundialmente famosas em 1996 por meio da divulgação do seu maior defensor, o médico peruano Javier Cabrera Darquea.

Entre outras gravações, as rochas mostravam imagens de seres humanoides convivendo com dinossauros e o uso de tecnologia avançada, como o transplante de órgãos. Darquea acreditava na antiguidade dessas gravuras registradas nas pedras.

Javier Cabrea Darquea (esquerda) e o escrito J. J. Benítez (Foto: J. J. Benítez)
Javier Cabrera Darquea mostra sua coleção de pedras ao escritor J. J. Benítez (Foto: J. J. Benítez)

O escritor espanhol Juan José Benítez chegou a escrever um livro sobre essas pedras, intitulado Existiu outra humanidade (Record, 1996), onde alicerçava sua defesa na veracidade delas com base nas elucubrações do médico Javier Darquea.

O fazendeiro Basílio Uschuya. É atribuída a ele a autoria de forjar as “Pedras de Ica”

Apesar da carreira de “caçador de OVNIs” do escritor espanhol ser vista por seus críticos como sensacionalista por excelência, é o médico Darquea quem transcende os cânones da arqueologia e lança várias alegações extravagantes sobre esse conjunto de pedras, tais como a de que elas retratariam uma civilização que teria vindo das Plêiades.

Não é exagerado dizer que o médico peruano fantasia em demasia ao defender a antiguidade dessas pedras, caindo em afirmações sem crédito algum. Anos atrás o escritor suíço Erich von Däniken também investigou as pedras de Ica e criticou o peruano Darquea por não aceitar outras interpretações acerca delas, ao que chamou de “lamentável atitude”.

Na verdade, essas rochas são recentes e teriam sido forjadas por, pelo menos, um dos moradores da própria região, um fazendeiro de nome Basílio Uschuya.

Referências

[1] BENÍTEZ, J. J. Existiu outra humanidade. Tradução de Ricardo Aníbal Rosenbusch. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.

[2] PARIS, Vicente. Las piedras de Ica son un fraude. Año Cero, 1998.

Alexandre de Carvalho Borges
Físico pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

23 COMENTÁRIOS

  1. Essa civilização,está voltando,e vcs ainda vão ouvir falar do sistema Nemesis,as duas estrelas Anãs vermelhas do sol,é simplesmente essa civilização,que quando do cretáceo saíram daqui e foram para as Plêiades,Só para lembrar,esse índio que vendia pedras não tinha instrumentos compatíveis com a precisão dos traços,.
    Não estou aqui para questionar sua opinião,todo mundo tem uma,
    Eu também tenho a minha,
    O ciclo se fecha,
    Em um ano e meio tudo vai mudar pelo ciclo do sol e suas irmãs,e isso é irreversível,se informe,
    O sistema estelar virá e vai calar essas opiniões de egos sem fundamentos,
    Tenho provas e trabalhos,
    Até hoje não se tem tecnologia sequer para mover algumas pedras de Balbeck,ou condições de identificar a única área que tinha base para suportar o peso da Pirâmide de Giza,
    E acertar suas medidas com Pi.
    Como falei não vim criar polêmica nem questionar quem quer aparecer sem saber que a verdade está chegando,
    E sentiremos todos as mudanças.

  2. Bom dia!
    Não existem algumas pedras verdadeiras que estão na Espanha? Se eu não me engano foram encontrados por um explorador no século 16 e enviados para Espanha.
    Eu diria que essas poucas centenas poderiam ser verdadeiras, mas que a grande maioria é sim falsa. Agora, acredito que o problema seria ter acesso a essas verdadeiras pedras e saber o que elas estariam mostrando.
    A meu ver, aproveitaram que tiveram umas pedras antigas e usaram isso para vender mais.

    • Pois é, nenhum arqueólogo sério se presta hoje a dar trela às Pedras de Ica. É tema enterrado. Lenda arqueológica. Ficção do fantástico que nunca foi.

  3. Olá, sou apenas um leitor, e não tenho dúvidas sobre a origem dessas pedras e o propósito, e para que servem. Se alguém precisar deixar uma mensagem para gerações futuras, não tendo certeza se poderiam entender o seu idioma, mas uma mensagem desenhada talvez entendesse. Tenho a minha opinião a Bíblia nos dá uma direção, fala sobre uma destruição em tempo estimado a 6500 anos, um dilúvio. Também está escrito no livro de Eclesiastes capítulo um versículos nove a onze, tudo o que se fez se tornará a fazer, vê isso é novo, não há nada que se possam dizer debaixo do sol, vê isso é novo, não já existiu nos séculos passados, cujo não há lembranças, como também não haverá posterior a está.

  4. Nenhum “cientista” ou “arqueólogo” via confirmar sua autencidade, por tudo que esta ali vai de encontro a tudo que a ciencia oficial ensina e acredita, o numero de pedras somam as mais de centenas de milhares, seria simples ver o tempo um analfabeto e ignorante levaria para fazer uma unica pedra, levantar quantas pessoas levariam para fazer todas, e ainda relembrando que o fazendeiro e os ajudantes sao analfabetos e todas pedras sao divididas em grupos temas, e que seria preciso uma equipe com um conhecimentos em todas areas, como medicina, geografia, fauna, flora, etc etc etc

    • A arqueologia é tão séria e responsável que já descartou o embuste dessas pedras de Ica. São pedras com entalhes recentes. Um sujeito começou a brincadeira e muitos outros seguiram a fabricação delas. Não é preciso ter conhecimento em variadas áreas do saber. Os entalhes nas pedras eram gravuras copiadas de revistas, como confessou o principal trambiqueiro.

      Cabrera Darquea não era arqueólogo, sendo limitado a um entusiasta que colecionava as pedras. Nunca desenterrou uma pedra sequer de uma escavação arqueológica legítima que constatasse sua procedência. Magicamente elas apareciam nas mãos do trambiqueiro Uschuya e de outros.

  5. Caro cético Alexandre Borges, eu estive em Ica e no deserto de Ocucaje, vi as pedras no museu de Ica, e me encontrei com o suposto embusteiro que vc cita.
    As pedras são verdadeiras, alias conhecidas pelos Incas, os quais em seus rituais fúnebres as usavam para cercar os seus mortos, a não ser que os caras do deserto de Ocucaje tenham uma máquina do tempo, não tinham motivo para as colocar onde são encontradas.
    Agir como os ditos cientistas que não movem a bunda das suas salas refrigeradas em Oxford, Smithsonian e outros lugares, demonstram a empáfia que até hoje direciona a nossa ciência.
    Tão espantoso quanto, são as estruturas encontradas no altiplano da Bolívia, e dizer que foram feitas pelos plantadores de milho da região.

    Vá a campo, ou simplesmente pare de reportar inverdades usando versões dos outros, acorda.

    Um abraço,
    Antonio Mathias

    • Eu estive no Egito, entrei na grande pirâmide de Quéops, e nem por isso me deslumbrei achando que elas foram construídas por alienígenas. Você esteve como turista visitante no conhecido museu da coleção de pedras do entusiasta e não especialista Cabrera Darquea e se deslumbrou achando que elas são reais.

      Você critica a ciência da arqueologia, que é uma área essencialmente de campo, apesar de ter sua formação teórica em respeitadas universidades, e não se pergunta porque mesmo depois de milhões de anos ainda encontramos ossos de dinossauros, mas não encontramos até hoje nem um dente de um indivíduo dessa alegada civilização gravada nas pedras, já que tais homenzinhos lutavam com tais dinossauros.

      Você encontrou com o Uschuya? Perguntou pra ele como ele forjou as pedras? Pois ele já confessou faz tempo.

      • Alexandre, novamente eu insisto, não se baseie nas informações que vc lê, há mais, mas muito mais assuntos, civilizações, eventos planetários e terrestres nestes 4,5 Bilhões(com B mesmo) de anos do planeta Terra.

        Você fala de Uschuya, pois bem eu entrei na casa da sua família (porque eu não lí em nenhum lugar, eu fui ao campo), e ouví seguinte estória:
        “Achamos estas pedras em pilhas no deserto, e trazíamos para Ica para vender, logo o governo instituiu uma comissão para verificar a autenticidade delas, e nos proibiram de traze-las.
        Vivemos no deserto, sem recursos, as pedras nos traziam comida para as nossas casas, logo ficamos sem dar o que comer as nossas famílias.
        O Dr. Cabrera preocupado com o que acontecia, e um dos compradores contumaz destas pedras – pois via que alí existia uma estória sendo contada – nos orientou que ao chegar as autoridades de Lima, que forjassemos uma produção em larga escala em frente as nossas casas e que as chamassemos de “artesania” ”

        Pois foi isto que aconteceu.
        A mistura perfeita para o crédito de um cético, gente pobre contando os trocados (que até hoje o fazem) e “autoridades” preguiçosas, que não conseguem ver o óbvio, pois dá muito trabalho.

        Não adianta eu ficar me matando aqui ratificando o óbvio da primeira resposta do sr. João Alberto Mariano Pereira, ele tem razão.
        É impossível que aquela comunidade do meio do deserto do Perú, Ocucaje, que não tem sequer uma escola no povoado, possa produzir com tamanha PROFICIÊNCIA tanta informação geologica, paleontologica, astral, entre outras ciências apenas usando a imaginação.
        E tem mais, há 2 anos atrás, quando lá estive, as pessoas se reuniam na praça em frente ao posto de parada de onibus, para ver televisão a noite.

        Imagine então um lugar que 40 anos atrás não tinha TV, Internet (não tem até hoje), escola, ou uma biblioteca com a coleção da Smithsonian sobre paleontologia, gerar 280.000 pedras (isto só o que está guardado no museu de Ica) … 4 velhinhas que aparecem no embuste que vc cita, e mais dois marmanjos, haja visão de negócio.

        Acorda companheiro, vá ao campo, veja o cenário, tire a sua própria conclusão, não se baseie nos argumentos chulos dos preguiçosos que rondam o mundo para desmerecer qualquer coisa que fuja da normalidade.

        Lembre-se que a nossa civilização – HOMO Sapiens Sapiens está vivendo neste planeta há apenas 0,006% da vida dele. (faça a conta 4,5Bilhoes/ 300mil), não seja egoísta, houveram outras civilizações.

        E houve uma civilização em especial, muito mais inteligente, que percebeu que papeis, plasticos(se houve), HDs e outros itens manufaturados, não serviriam para guardar informações … que só as pedras iriam sobreviver, e assim contaram a sua história.

        • Mathias,

          Essa versão que você conta agora, e diz ter ouvido da família do Uschuya, é conhecida por qualquer um que um dia leu sobre essas tais pedras. Talvez nem você tinha nascido ainda, e o Daniken já reportava esta estória na década de 70.

          Repito: não era preciso proficiência em ciências para retratar o que é visto nas pedras. Elas são cópias e modificações de gravuras.

          Nenhum arqueólogo sério dá crédito a tais pedras. E a razão não é por que nenhum cientista esteja pronto para descartar algo que fuja da normalidade. Simplesmente, porque elas são fake mesmo.

  6. A Esfinge não foi obra dos Egípcios, mas a Arqueologia jura de pé junto que foi! O ser humano tem uma alma e um espírito, mas muita religião pensa que é a mesma coisa! E por aí vai o samba do crioulo doido!

  7. Se fossem falsas precisariam de pelo menos 112 anos, por aí para terminarem de serem feitas, esse cara só disse que fez essas pedras por que foi acusado e poderia ser preso, ele mesmo disse que fez algumas, e fazia 5 a cada mês, váriad pedras foram excavadas, levaria mais de um século para acabarem, e eu já vi a escavação em procura das pedras de ica, e eles acharam, eles tiveram que quebrar algo parecido com uma rocha, um pouco mais mole, como ele colocaria as pedras lá dentro sem destroir a “rocha”??

    • Não precisaria de tantos anos assim. Ele tinha ajudantes na tarefa, como ele mesmo confessou. Ele podia produzir uma boa quantidade de pedras em cinco anos de trabalho em equipe. Eu confio da ciência da arqueologia, e nela essas pedras são consideradas um embuste.

      Cabrera Darquea era um médico, colecionador e mero entusiasta. Não quero bancar a falácia da autoridade aqui, mas só de leve me cita um nome de um arqueólogo sério que apoie a autenticidade dessas pedras.

      • Novamente … dá trabalho.
        Entre em qualquer site de viagens e coloque o nome ICA, e veja se dentro das atrações turísticas alguma envolve a visita ao Museu de Pedras de Ocucaje.
        Tem até passeio para ver a sorte com um “bruxa” …
        O Doutor Cabrera era um homem de bem, culto e preocupado com o destino das pedras que foram achadas.
        Ele também se preocupava com o destino dos aldeões, e buscava incessantemente dar veracidade aos achados, procure o resultado das análises da Universidade Bonn da Alemanha sobre a idade das pedras, vc pode se surpreender.

        Mas não, não faça isto, continue procurando alguém que faça isto antes, e que tenha o privilégio de provar uma outra verdade diferente daquela que vc conhece.

        • O museu está listado no TripAdvisor, o maior aplicativo de turismo do mundo, o que pra mim já é suficiente. Ninguém duvida da sinceramente do Cabrera. Ele acreditava nas pedras, mas estava equivocado quanto a sua origem.

          Agora você menciona um estudo de uma universidade. Curiosamente, antes você dizia pra não “agir como os ditos cientistas que não movem a bunda das suas salas refrigeradas em Oxford, Smithsonian e outros lugares”. Parece que estudos realizados em universidades e centros de pesquisa somente lhe são válidos se supostamente validarem sua crença nessas pedras.

          • Mas os cientistas alemães não precisaram “tirar as bundas das cadeiras”,as pedras foram até eles e lá fizeram a datação…

        • Cara para dar credibilidade as pedras de Ica seria necessario dar credibilidade qeu a raça humana é muito mais antiga que a ciencia oficial acredita, tem muitos achados com idade de 12.000 anos que a ciencia não aceita, ou desacredita, imagina uma civilização acima de 12.000 com muita tecnologia, com cidades avançadas e tudo que se acredita nao fosse a unica verdade, veja a quantidade de informações que tem nas pedras, veja a quantidade de assuntos diferentes nesses livros de pedras. iria desacreditar tudo, como a igreja fez aqui na america do sul quando aqui chegou e encontrou uma civilização guarani culta com escrita, lingua e livros, tudo destruido ou reescrito pelos jesuitas e os doutores da escritas imolados por não se curvarem ao deus cristao!!

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