Nesta entrevista conversaremos com Paulo Roberto Cabral, pesquisador de Transcomunicação Instrumental. Paulo divulga suas pesquisas em vídeo e áudio, na internet, através de seu site Portal TCI. Essa entrevista foi realizada por Alexandre de Carvalho Borges no ano de 2005.

Paulo Cabral
O entrevistado Paulo Cabral (Foto: Paulo Cabral)

Alexandre – Como surgiu seu interesse pela Transcomunicação Instrumental?

Paulo – Meu interesse pela Transcomunicação Instrumental surgiu por mera curiosidade. Um amigo que tem uma banca de livros e revistas no centro de Vitória (Espírito Santo) e com quem eu sempre conversava sobre assuntos diversos ligados à paranormalidade.

Ele espírita e eu cético naquela época, esse amigo mostrou-me o livro Ponte Entre o Aqui e o Além de Hildegard Schäfer, que considero, mesmo depois de quase vinte anos de sua publicação, talvez o melhor livro de Transcomunicação Instrumental já lançado, com conceitos que não envelheceram no tempo.

A partir dos conceitos desse livro, mais o meu interesse em assuntos paranormais, mesmo por motivos de ceticismo e também com a minha formação acadêmica em letras, especialização em língua estrangeira e linguística, formação técnica em eletrônica e tendo sido radiocomunicador por vários anos, achei que o assunto era interessante para eu exercitar meu ceticismo.

Vale à pena aqui colocar que tenho alguns conceitos sobre ceticismo que fui elaborando a partir da minha própria experiência como cético e uma delas é que a maioria é incompetente para provar alguma coisa a si próprio, por isso passa a exigir que os outros o façam por ele. O cético não cria nada, ele simplesmente procura na destruição daquilo que os outros criam, se realizar e ao mesmo tempo encontrar algo novo naquilo que ele não conseguir destruir.

O cético, como todo mundo, quer uma resposta, a diferença é que as outras pessoas criam para encontrar a resposta e o cético como não pode criar, destrói, e foi com essa ideia que eu entrei na Transcomunicação Instrumental.

Pensei em usar todo o conhecimento que eu tinha para provar que as pessoas estavam totalmente enganadas com relação a esse tipo de comunicação com os espíritos. Passei uma semana gravando sem resultados, não sabia que as primeiras sessões são uma espécie de preparação para podermos ouvir.

Uma semana depois tive o que para algumas pessoas pode parecer uma espécie de alucinação pelo cansaço das pesquisas, mas que para mim que passei pelo processo posso afirmar que foi uma abertura mediúnica.

Costumo dizer que foram os dias mais bonitos da minha Transcomunicação, pois passei a ouvir aquilo que me parecia impossível acontecer. Se tivesse sido alucinação eu não teria saído facilmente dela sem ajuda e continuado minhas pesquisas como venho fazendo há mais de seis anos.

Essa experiência mudou muito a minha vida e os meus conceitos a respeito de espiritualidade e passei a ver na Transcomunicação Instrumental, que antes era algo meramente técnico, um caminho para o meu encontro com a espiritualidade.

Não entrei para nenhuma doutrina, igreja ou filosofia, apenas encontrei um caminho para o meu crescimento pessoal. Hoje não considero a Transcomunicação Instrumental um meio coletivo de comunicação com outras dimensões ou com os espíritos. É um meio individual. Acho que é o meio que muita gente busca, mas é preciso praticar.

Não adianta querer buscar respostas nas pesquisas dos outros. Faça a sua própria pesquisa, a sua própria busca. Não publico e não participo de nada que queira provar às outras pessoas que a minha verdade, desculpem a redundância, é verdadeira.

O que publico é apenas um incentivo para que outras pessoas também possam, através do seu próprio esforço, vivenciar o que eu vivencio com a Transcomunicação. Basicamente é como entrei na Transcomunicação e como me encontro na atualidade com relação a ela.

Alexandre – Ao longo dos anos, em sua pesquisa experimental de TCI, você tem sentido que a qualidade das vozes tem melhorado com o tempo?

Paulo – Bom, depois do que expus na primeira pergunta só posso dizer que sim. Essa preocupação e até mesmo frustração com a qualidade das captações se dá pela forma como nos foi passada a ideia de Transcomunicação Instrumental pelos que vieram antes de nós nessas pesquisas.

Não vai aqui nenhuma falta de reconhecimento para com os que nos antecederam, pois devemos muito a alguns deles e o trabalho desses foi magistral, mas alguns pioneiros da Transcomunicação procuraram passar a ideia de que os contatos eram totalmente independentes do transcomunicador, ou seja, estavam criando uma espécie de aparelho para se comunicar com outras dimensões ou com os espíritos, o que já coloquei anteriormente que para mim não é verdade.

Não é o aparelho e sim o transcomunicador. Não sei se fizeram isso por engano ou porque viram na Transcomunicação uma forma de ascensão social ou financeira. Não foram todos, há de se ressaltar aqui no Brasil, por exemplo, a figura do Doutor Hernani Guimarães, pesquisador sério, conhecido e respeitado no mundo inteiro, que em seus livros e trabalhos sempre fez questão de ressaltar o que hoje fazemos questão de afirmar para as pessoas que nos visitam em nosso site ou que entram em contato com a gente no nosso dia a dia, de que não existe aparelho nenhum até hoje capaz de contatar outras dimensões ou espíritos. Os equipamentos são, na verdade, um instrumento para exercermos a nossa sensibilidade ou mediunidade.

Não mudei os meus equipamentos desde que iniciei as minhas sessões de Transcomunicação há seis anos atrás. Uso rádios em ondas curtas, secretária eletrônica, computador e gravador. Hoje tenho aproximadamente 5.000 mensagens arquivadas e se fizer uma avaliação do que recebia há seis anos atrás posso observar que a qualidade, embora com os mesmos equipamentos, é bem melhor.

Essa qualidade não é só técnica, ela é de conteúdo também. No início recebemos uma ou duas palavras que, por serem bem particulares, nos deram a certeza de que eram paranormais.

Com o passar do tempo esse conteúdo e a quantidade de palavras na mesma mensagem foi aumentando. Se observarmos as mensagens que temos publicadas no nosso site desde que inauguramos o mesmo, veremos que aquilo que citei acima com relação à qualidade técnica e de conteúdo só vem melhorando com o passar dos tempos.

O que frustra muito as pessoas nesse campo é a falsa ideia, passada por alguns pesquisadores, de que descobrimos na Transcomunicação o Telefone para o Além. Não é bem assim, o que descobrimos é o nosso Telefone interior para o Além. Não dá para entender a Transcomunicação fora desse contexto. Todo transcomunicador sabe disso.

Quando somos procurados por pessoas que querem um contato com o mundo espiritual, quer seja para contato com algum parente falecido ou mesmo por interesse pessoal, o que fazemos, tanto eu como a pesquisadora Phyllis Delduque com quem faço minhas pesquisas é orientar as pessoas para que pratiquem e aí colocamos o nosso site e o nosso trabalho à disposição da pessoa para que, através do trabalho dela, descubra aquilo que descobrimos e que consideramos uma verdade, não universal, mas nossa.

Dentro dessa ideia não podemos dizer que aquilo que recebemos hoje é pior ou igual ao que recebíamos no início, por isso a nossa resposta de que a tendência são as vozes e imagens captadas melhorarem com o passar dos tempos.

Alexandre – Você acredita que exista uma espécie de “barreira da Transcomunicação Instrumental”, algo como uma real dificuldade de comunicação entre os espíritos e nós, ou por outro lado, como acreditam outros, os espíritos podem se comunicar facilmente conosco, mas não o fazem por algum motivo.

Paulo – Dizer que os espíritos podem se comunicar com a gente e não o fazem por algum motivo é muito vago, por isso não acredito nesse tipo de resposta. Sei que qualquer resposta que se dê nesse aspecto é vaga, pois é algo que não temos total controle. Falar de espíritos é falar de algo interior. Filósofos, durante toda a história da humanidade têm se debatido sobre esse tema e não nos trouxeram uma resposta definitiva.

O problema é que o único instrumento que temos para esse tipo de comunicação somos nós mesmos e o nosso interior, o restante são “muletas” que usamos para aumentar essa sensibilidade, ou sensitividade ou mesmo mediunidade, mas a palavra final está no nosso interior. Essa interiorização dificulta a prova, mas não existe nada fora dela nesse aspecto.

A Transcomunicação me fascina porque podem dar pistas mais concretas, não provas. Acho que a resposta para as dificuldades encontradas pela humanidade em se contatar com os espíritos só poderia ser encontrada se respondêssemos a outras perguntas como: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

Não há respostas para essas questões ou se há são respostas interiores passadas pelas religiões, doutrinas ou filosofias. Por outro lado, algumas dessas pistas da Transcomunicação nos fazem crer que a barreira somos nós.

Nas comunicações de Transcomunicação do médium italiano Marcello Bacci, por exemplo, fica claro que a energia utilizada é a nossa, pois não faria sentido as comunicações dele serem muito mais nítidas e longas que as da maioria dos pesquisadores no mundo inteiro usando, como parece que ele usa, um simples rádio valvulado de ondas curtas, e para confirmar mais ainda quem o visitou afirma que sem a presença dele nada acontece em seu laboratório.

Não atesto aqui as comunicações dele, pois ainda não vi nada do que ele pesquisa e recebe. Faço minha afirmação aqui pelo que leio a respeito dele. Infelizmente nessa área muitos transcomunicadores preferem o texto à apresentação de exemplos do que fazem. Temos muito material escrito e pouco material em áudio e vídeo do que se recebe.

Eu prefiro o material recebido ao material escrito, acho que um exemplo de áudio ou vídeo fala muito mais que qualquer texto, ou o que seria o ideal, os três tipos. Tudo isso me faz concluir que as dificuldades que temos de contato com os espíritos vêm de nós mesmos e não dos espíritos ou, como querem alguns, de outras dimensões.

Alexandre – Anos atrás você divulgou um vídeo na internet que mostrava estar recebendo suas primeiras imagens em movimento pela técnica do Vidicom. Suas pesquisas têm evoluído neste sentido ou você acredita que é preciso algo a mais para causá-las?

Paulo – É bom esclarecer que a apresentação de imagens em movimento foi feita no nosso site http://paginas.terra.com.br/educacao/portaltci/ e na época deixamos bem claro que as imagens vinham em sequência, ou seja, nas nossas capturas gravamos por um minuto e geramos aproximadamente 1.500 quadros. Depois voltamos a fita ao início e começamos a analisá-la quadro-a-quadro, usando o comando “Pause” ou “Pausa” do vídeo cassete e avançando os quadros um a um.

Normalmente encontramos uma imagem em um desses quadros. Imagem que não se repete ou não tem um início, meio e fim, mas em alguns casos, mais raros, a mesma imagem, entre formação, apresentação e desaparecimento se forma em três ou quatro quadros seguidos, sem cortes entre elas.

Retirando-se esse trecho de três ou quatro quadros seguidos e rodando a fita observamos que diferente do primeiro caso que é formado apenas por uma imagem, nesse segundo caso temos movimento rápido e dá para se observar, apesar da velocidade.

Eu prefiro chamar esse tipo de vídeo de imagem em sequência, apesar de apresentar movimento, pois a captura como vimos ainda é quadro-a-quadro, não daria para observar esse movimento passando-se a fita na velocidade normal.

É lógico que aquilo que todos nós queremos é substituir a busca quadro-a-quadro por algo que se gravasse e fosse visível em velocidade normal, mas isso ainda não acontece e eu não saberia dizer o que é preciso para que isso aconteça. Talvez um pouco mais de energia ou mediunidade da nossa parte.

Alexandre – Qual sua resposta para os céticos, que afirmam que as transimagens menos nítidas são apenas configurações aleatórias de imagens, geradas pela própria TV, pela captação de sinais aleatórios e pela luminosidade na tela no próprio registro da câmera durante o processo de feedback?

Paulo – Inicialmente eu convidaria esse tipo de pessoa a pesquisar, a repetir os experimentos que nós fazemos. Nada substitui o experimento feito pela própria pessoa. Analisar as imagens que nós captamos e criar teorias mirabolantes, mesmo baseadas em conceitos técnicos, não prova o contrário do que nós afirmamos, ou seja, que as imagens não vieram de transmissões de TV ou que elas não são efeitos de luzes ou da própria câmera.

Poucas pessoas no mundo fazem experimentos com vídeo e as poucas que o fazem, e que eu conheço, têm um certo conhecimento na área de eletrônica e vídeo ou animação. Os cuidados que temos nos deixam muito poucas possibilidades de erro ou engano. Não digo que sejam possibilidades zero, pois nenhuma pesquisa ou experimento está livre de enganos, mas são mínimas essas possibilidades, pelo menos com relação aos pesquisadores sérios que conheço.

Não posso responder por quem frauda, se é que alguém frauda nesse campo. Tenho visto é muita gente leiga no assunto Transcomunicação opinar sem sequer ter tido o trabalho de reproduzir o que afirmamos. Lembrem-se os céticos que a melhor forma de desmontar uma teoria é refazendo-a, passo a passo, e aí sim, provar o contrário.

Alexandre – Qual foi seu melhor momento na experimentação da transcomunicação instrumental, seja pelo seu trabalho em áudio ou vídeo.

Paulo – Eu diria que o melhor momento é agora, quando eu já tenho todas as certezas e dúvidas que precisava para levar minha pesquisa avante, mas não posso me esquecer de algo que aconteceu, não só comigo, mas já observei em outras pessoas, pelo menos já presenciei o relato de uns três ou quatro pesquisadores sobre o fato, que foi o início de minhas pesquisas quando as vozes eram mais espontâneas. Não digo isso do ponto de vista material, ou seja, das gravações, mas do ponto de vista interior, quando eu as ouvia com o “ouvido interior”.

Para alguns, essa fase não passa de alucinação causada pela empolgação inicial, mas para mim é um momento de expansão da consciência, momento em que estamos mais predispostos à recepção e à percepção daquilo que o nosso racionalismo exagerado não nos deixa sentir. Foi uma experiência indescritível, não há como materializar.

Nessa fase, eu ligava o meu rádio para fazer as gravações e começava ouvindo os sinais e emissoras naturalmente como todo mundo e de repente abria-se uma espécie de propagação e entrava um sinal diferente de tudo que, como minha experiência em sinais de rádio e radioamadorismo eu já pude ouvir.

Não importava mais para onde eu deslocasse o “dial” do meu rádio ou mudasse de frequência, aquele espectro acompanhava. Assim como vinha, durava um certo tempo e ia. Nada agressivo, nada mirabolante, nada que pudesse me desarmonizar. Tanto que, ao desligar o rádio, a sensação passava e eu continuava a minha rotina de vida naturalmente.

O mesmo se deu com relação às imagens, de repente formava-se um padrão de informação que era passado numa sequência incrível e mesmo repetitiva. À proporção que eu ia avançando o vídeo quadro a quadro as imagens sobre diversos temas, mesmo de temas relacionados à evolução da humanidade iam se apresentando à minha frente. Também tudo isso terminava à medida que eu desligava meus equipamentos, sem que pudesse afetar a minha rotina de vida e de trabalho.

Vale lembrar que eu nunca tinha tido esse tipo de visão ou audição anteriormente, aliás estava entrando na Transcomunicação totalmente cético, para provar o contrário do que se dizia. Essa fase durou de quinze dias a um mês.

O que eu observei foi que passada essa fase as coisas voltaram-se ao normal e eu passei a ver e ouvir as mensagens como todo pesquisador, mas não como anteriormente, pois quando começamos, pelo menos a maioria das pessoas, e eu não era uma exceção, não ouvimos nem vemos nada. Há quem diga que essa fase é uma preparação espiritual do pesquisador.

Teorias milenares, como as orientais, nos mostram que toda experimentação nesse campo não pode ser somente instrumental, apesar da Transcomunicação ser instrumental, mas o instrumento, como o próprio nome diz, deve ser um objeto para tentar materializar o que só poderia ser conseguido com o auxílio da consciência. Vale dizer que para mim a Transcomunicação não é uma ciência e talvez nunca seja, pelo menos com a metodologia científica que conhecemos e que temos.

Acho que ela se enquadra melhor no campo da espiritualidade. Isso não significa que ela não possa ou não deva ser pesquisada, mas obter os mesmos resultados que a metodologia científica propõe é complicado por se tratar de algo que, como já disse, depende de expansão da consciência, daquilo que se chama normalmente de mediunidade.

Alexandre – Você acredita que a Transcomunicação Instrumental provará a vida após a morte, ainda neste século, ou outra pesquisa sobre o assunto, como a reencarnação, a psicografia e a materialização, sairão na frente?

Paulo – Acho que não se trata dessa ou aquela teoria sair na frente. Na verdade eu não desvinculo a Transcomunicação Instrumental de nenhum desses assuntos. Todos eles pesquisam uma coisa que é inerente a todo ser humano, que é a espiritualidade.

Há uma tendência, por questões mais elitistas do que de encaminhamento da pesquisa, de querer vincular a Transcomunicação à evolução tecnológica, como se a espiritualidade dependesse dessa evolução. Tanto não depende que mesmo com toda evolução tecnológica que vemos, a espiritualidade das pessoas não tem crescido mais que anteriormente.

Acho que aquilo que eu faço em Transcomunicação Instrumental, com todo equipamento que a tecnologia me disponibiliza, pode e é feito, muitas vezes, por outros pesquisadores usando instrumentos mais rústicos ou mesmo somente a consciência e mais nada, como no caso da psicografia, da materialização e outras manifestações mediúnicas.

Usar o instrumento, no caso os equipamentos e o avanço tecnológico como argumento para mostrar que estamos um passo à frente dos outros nas pesquisas é um argumento irreal. O instrumento é um caminho, mas não o único válido. Se assim fosse, países, empresas e instituições que detêm a tecnologia e o avanço tecnológico estariam, por certo, muito à frente de nós pesquisadores de Transcomunicação Instrumental e de outros pesquisadores nesse campo da espiritualidade.

Acho também que falar da vida após a morte é falar de uma experiência que é interior, algo que se vivencia, mais do que se prova materialmente, por isso não acredito numa pesquisa ou teoria que a possa provar coletivamente.

O que se poderá é dar pistas que levem o máximo possível de pessoas a entender ou acreditar nessa teoria, mas prová-la teoricamente acho que não. Pelo menos enquanto prova definitiva isso não vai acontecer nem com a Transcomunicação Instrumental e nem com nenhuma outra pesquisa.

Alexandre – Em sua opinião, os registros captados pela Transcomunicação Instrumental melhorarão algum dia em qualidade, seja através do alcance de algum instrumental especializado ou mesmo através da maior espiritualização do homem? Ou nenhuma das duas se aplica?

Paulo – Todos nós pesquisadores trabalhamos para melhorar a qualidade do que é alcançado atualmente pelos instrumentos, mas isso não substitui e nem invalida o fato de que estamos trabalhando com espiritualidade. É o que alguns pesquisadores, infelizmente, não entendem ou querem acobertar. A nossa busca é espiritual e como eu disse anteriormente, independente do que se possa mostrar com os instrumentos, vai haver sempre uma dependência do que se possa sentir.

Não há como desvincular a consciência e deixar que somente instrumento possa mostrar ou provar a vida após a morte. Se a Transcomunicação Instrumental sobreviver ao tempo, por certo as pesquisas avançarão e ela poderá, inclusive, no futuro ser diferente do que conhecemos hoje, mas acho que jamais ela sobreporá a uma espiritualização maior do ser humano.

É importante realçar aqui que quando falamos em espiritualidade não falamos em nenhuma religião ou doutrina, pois a espiritualidade é um sentimento inerente ao ser humano, independente daquilo que ele acredita ou siga.

Acredito e trabalho para que um dia a Transcomunicação possa dar uma contribuição maior a esse sentimento universal de vida pós morte, mas o que me impulsiona a isso não é somente o sentimento técnico-científico, o sentimento tecnológico, mas sim a necessidade que todos nós temos de buscar respostas para esse que é o grande desafio da humanidade que é ter respostas para o que virá depois da morte do corpo físico.

Por isso acho que não se pode separar os instrumentos ou o instrumental desse sentimento humano universal que é a espiritualidade. O que um deles alcançar, afetará o outro.

Alexandre de Carvalho Borges
Físico pela Universidade de Franca, Analista de Tecnologia da Informação pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Ensino de Astronomia pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul, pós-graduado em Perícia Forense de Áudio e Imagem pelo Centro Universitário Uninorte, pós-graduado em Inteligência Artificial em Serviços de Saúde pela Faculdade Unyleya, pós-graduado em Tradução e Interpretação de Textos em Língua Inglesa pela Universidade de Uberaba, e fotógrafo.

6 COMENTÁRIOS

  1. Saudações?

    Excelente a entrevistra, parabéns.

    Já conhço a tci desde os anos 90, e uso a prática da tci em casa. ainda tenho muito a aprender na prática mas recebi mensagem dos comunicantes de uma estação de transcomunicação da espiritualidade de que vamos melhorar.

    Concordo com a estrevistada quando diz que os pesquisadores não divulga muito os resultados obitidos, é isso mesmo que acontece. temos uma pesquisadora no Brasil que é muito conhecida a Sônia Rinald. pelo tempo que ela pratica a tci ela tem muito pouco material publicado no site dela, são coisas que estão lá já ha muitos anos, nada de novo! Me parece que ela usa o material só para a venda, acho muito ruim esse tipo de coisa pois caracteriza um comércio. Além disso não vejo ela contribuindo em nada no ensinamento a pessoas que pretendem começar a fazer tci. mas temos outros que tem boa vontade em ajudar os outros. temos pessoa melhores que a Sônia rinald ai desenvolvendo esse trabalho.

    forte abraço.

  2. Gostei muito do seu Site Dirceu, é muito esclarecedor e responde a várias dúvidas que um iniciado em pesquisa de TCI tem.
    Gostaria de saber, com relação à TCI, como se dá o transcontato por email. Aparece o nome de quem enviou? E através do telefone?

  3. Não entendo esse chiado que a rede globo está transmitindo, fui pesquisar e a resposta disso diz ser a transmissão digital, isso é ridículo pois nem todo mundo tem que ter um aparelho de full HD, como que fica quem ainda não pode possuir esse meio de transmissão? Teremos que comprar nos endividando, ou ter que aceitar ver a rede globo com um péssimo som e uma imagem com fantasmas?

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