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Por Hernani Guimarães Andrade

 

Do contato por meio de pedras, na era primitiva, aos computadores da era moderna. A evolução da Transcomunicação Instrumental (TCI).

Há indícios muitos seguros de que os homens do paleolítico inferior cultivavam as pedras particularmente os seixos rolados. Sobre tais objetos eram, às vezes, desenhadas figuras humanas esquemáticas. Alguns eram coloridos com ocra vermelha, e depois recebiam os desenhos antropomórficos.

Semelhantes representações da silhueta humana foram abundantemente encontradas em grutas paleolíticas europeias, ao lado de despojos funerários e nas proximidades das lareiras. Havia também as estatuetas rudimentaríssimas representativas da figura humana, talhadas em osso e madeira ou modeladas em barro. Predominavam os seixos rolados e decorados. Via-se que tais objetos deviam ter sido alvo de cuidados especiais, uma modalidade de culto religioso correlacionado também com o fogo.

E relevante que se compreenda o papel importantíssimo do fogo, naqueles tempos remotos. Ele foi um elemento indispensável à sobrevivência e evolução dos hominídeos que se transformaram em homens, floresceram e se aperfeiçoaram a partir do Pleistoceno médio. Há cerca de um milhão de anos atrás. Naquela época, ocorreram quatro grandes períodos glaciários em sucessão, intercalados por períodos de reaquecimento.

Foram eles os de Gunz, Mindet e Riss, que duraram aproximadamente setecentos e quarenta mil anos. Depois de um interglaciário de quase oito mil anos, em que proliferaram os Neanderthalensis, seguiu-se novo glaciário denominado de Wurm, em que apareceu em Cromagnon, ou seja, os Homo Sapiens, do qual somos uma variedade. O glaciário de Wurm compreendeu um período de trinta mil anos aproximadamente.

O frio deve ter constituído um problema terrível para aqueles homens primitivíssimos. A única maneira de escassez de agasalho e outros recursos, deve ter sido o aconchego das lareiras acesas nas entradas das cavernas por isso, aquelas criaturas procuravam partilhar com seus companheiros e familiares o conforto das proximidades do fogo acesso nas lareiras.

Mas, porque proporcionaram aos cadáveres, às pedras pintadas com a silhueta humana esquemática e às demais representações antropomórficas ao mesmo cuidado? A maioria desses objetos era colocada próximo ao fogo. Havia uma nítida intenção de aquecê-los, como se fossem seres vivos passíveis de sofrer o frio intenso daquelas épocas.

A explicação para tais fatos pode ser encontrada nos costumes que perduraram até os tempos atuais, entre os povos selvagens e mesmo aos civilizados. O culto dos seixos rolados perdurou até nosso século entre os costumes de certas tribos primitivas, as quais admitem que as almas dos mortos podem habitar tais pedras.

Os Dakotas formam um grande grupo de índios que habitam as reservas situadas nos EUA, em Dakota do Norte e Sul, Minnesota e Montana. Esses índios costumam amontoar grande número de pedras arredondadas (seixos rolados), às quais fazem oferendas. Dirigem-se respeitosamente a essas pedras, tratando-se por “avô” ou “avó”. Rendem-lhes culto, por crerem nos seixos acham-se alojados os Espíritos de seus antepassados.

Os indígenas das ilhas de Leti esculpem imagens para serem ocupadas pelos Espíritos, e desse modo serem protegidos por esses últimos. Quando saem para viajar e caçar, providenciam pequenas pedras arredondadas, aproximando-se das estátuas a fim de passar para as pedras os espíritos que lá se alojam. Levam as pedras consigo, e com elas os espíritos de seus ancestrais. Ao regresso, passam os espíritos novamente para as estátuas, e atiram fora as pedrinhas.

Na baixa Bretanha reinava, ainda durante a primeira metade do século XVII, um curioso costume: as famílias acendiam fogueiras na vigília da festa de São João Batista. Colocavam pedras nas proximidades dessas fogueiras, afim de que seus ancestrais pudessem aquecer-se por esse meio. Admitiam que as almas de seus antepassados poderiam alojar-se naquelas pedras.

Vê-se por esses poucos exemplos e os há em muito maior número que os povos paleolíticos, bem como os selvagens primitivos e mesmos alguns civilizados mais recentes sempre cultuaram as pedras e os ídolos, acreditando na possibilidade de ali se alojarem os Espírito. Essa crença manteve-se, também, ligada à presença do fogo nos cultos funerários, provavelmente devido a sua importância como elemento confortador, devido ao frio que, durante cerca de mil milênios, fustigou os paleantropídeos e estimulou a sua evolução.

A TCI pré-histórica

Agora podemos estabelecer uma correlação, apresentando uma hipótese explicativa para esse comportamento tão durável. Sugerimos como explicação que os fenômenos de poltergeist provavelmente já ocorriam nos tempos pré-históricos. Os espíritos daqueles que já haviam perecido certamente procuravam comunicar-se com os companheiros ainda vivos.

Ocasionalmente, os desencarnados descobriram a possibilidade de agir sobre pequenos objetos, aproveitando-se do “ectoplasma” emanados de um ou vários eventuais “epicentros” (doadores de ectoplasma) existentes na época. Os objetos mais acessíveis certamente seriam pequenas pedras, seixos rolados etc. Atiravam-nos nos companheiros vivos, para chamar-lhes a atenção, como ocorreu no episódio relatado no início deste trabalho.

Do lado dos vivos, o arremesso daqueles objetos, principalmente dos seixos rolados, teria sido interpretado como a presença de algum “ser vivente e incorpóreo” habitando as pedrinhas. Posteriormente, estabeleceu-se a crença de que, despojados de seus corpos carnais, os “mortos” passariam a habitar normalmente as pedras e as demais representações antropomórficas.

Tal fato social e comportamental sugere a existência da TCI na pré-história. Com o passar dos séculos, esse tipo de transcomunicação evoluiu para a comunicação do espírito do morto, através de um médium vivo, ou seja, a TCM. Essa modalidade de transcomunicação teria sido possível somente após a conquista da palavra falada.

Parece claro que a crença na existência dos espíritos teve origem na pré-história, e foi devida aos fenômenos que acabamos de mencionar. Vamos concluir que as palavras do antropólogo P. Wernert.

“O emprego simultâneo de duas sortes de fogo fala em favor de uma crença já bastante antiga em várias almas para um mesmo indivíduo, uma, a alma corporal, admitida manter-se próximo do despojo material, a outra, a alma imaterial ou sombra, rodando em volta da sepultura”.

O método de TCI mais primitivos de que se tem notícia talvez tenha sido usado pelos chineses há cerca de quatro mil anos atrás. O seu nome é Chi Ti. A primeira palavra, Chi, significa “forquilha”; a segunda, Ti, quer dizer “dirigir”, “progredir”, “instruir”. Servia para a comunicação com os espíritos. Era uma forquilha de madeira cujas as duas primeiras hastes são seguradas por uma pessoa em cada extremidade.

A terceira ponta desliza sobre uma camada de areia, ou leva o pincel que corre sobre uma tira de papel. Desse modo vão sendo traçados os caracteres gráficos das mensagens transmitidas pelos espíritos. O Chi Ti faz lembrar a “prancheta”, a “ouija”, e a “carapeta” ou “corbeille”, usada mais recentemente assim que desencadeou a moda das mesas girantes” no século XIX.

O mais antigo e popular sistema de transcomunicação deve ter sido o das “mesas girantes”. Pitágoras (aproximadamente 540 a.C.) e seu discípulo Filolaus já utilizavam a “mesa mística”, que era simplesmente uma mesa girante dotada de rodízios nos pés. Quintus Septimius Ftorens Tertulianus (aproximadamente 160-230 a. C.), teólogo e doutor de igreja, nascido em Cártago, consultava o mundo espiritual por intermédio da “mesa girante”.

O inventor Thomas Alva Edison foi um dos primeiros a tentar se comunicar com os “mortos” por aparelhos (Foto: Divulgação)

Ammianus Marcellinus (aproximadamente 330-400 a. C.), nascido em Antioquia, mencionava a “mesa divinatoriae”, que consistia em um papel suspenso por um fio sobre a mesa, contendo em seu tampo as letras do alfabeto desenhadas em círculo. Em suas oscilações, o anel apontava as tetras, formando as palavras. No século XIX foram usadas as “mesas girantes”, as “pranchetas”, as “corbeilles”, a “Ouija” etc.

Do século XIX em diante, assinalaram-se inúmeros pesquisadores que tentaram a transcomunicação mediante de aparelhos mecânicos e elétricos. Entre esses pioneiros destacamos os seguintes:

Thomas Alva Edison (1847-1931) e Guglielmo Marconi (1874-1937). Os holandeses, Dr. L. W. P. Matta e Dr. G. J. Zaalberg van Zelst, que construíram o dinamistógrafo (1911) e obtiveram algum resultado positivo. O engenheiro americano Julius Weinberg (1941), da RCA, tentou durante 30 anos vários dispositivos elétricos, ópticos e biológicos, com êxitos discretos. Finalmente, dois brasileiros Cornélio Pires e Próspero Lapagesse, não chegaram a ter sucesso.

As vozes eletrônicas – EVP

Tecnicamente, usa-se a sigla EVP (do inglês: “Electronic Voice Phenomenon“) para designar os fenômenos espontâneos do aparecimento de vozes extras, em gravações feitas em fitas magnéticas comuns. A ocorrência das referidas vozes pode surgir durante uma gravação normal.

As primeiras manifestações desta natureza deram-se em 1936, quando Atila von SzaLay tentou captar vozes paranormais por meio de um gravador a agulha, em disco de fonógrafo marca Packard-Bell. Ele teve êxito, porém a qualidade das gravações era pobre. Em 1947, von Szalay empregou em suas pesquisas um gravador a fio de aço, marcas Sears Roebuck. A qualidade das vozes melhorou, mas havia um problema com o fio de aço: emaranha-se de vez em quando.

Em 1950 Von Szalay usou pela primeira vez um gravador de fita magnética, obtendo algumas vozes inteiramente claras.

Em 1956, pode assinalar-se como sendo ocasião em que se iniciou uma investigação consistente do EVP Nos princípios de 1956, von Szalay associou-se com o parapsicólogo Raymond Bayless. Os dois levaram a efeito de pesquisas sistemáticas que deram o material para um artigo escrito em 1958 e publicado no Journal of the American Society for Psychical Research, número do inverno de 1959. A repercussão desse fato foi insignificante tanto no meio parapsicológico como entre os leigos.

Há um episódio interessante relatado pelo parapsicólogo Dr. Scott Rogo, acerca das pesquisas feitas por von Szalay e Raymond Bayless, em 1957. Certa ocasião von Szalay, ao repassar a fita após uma tentativa de gravação, encontrou uma voz feminina dizendo nitidamente: “Hot dog, art!” (Art é o apelido de Atila Von Szalay). A voz era bastante alta e clara, a ponto de von Szalay a reconhecer e lembrar-se de uma passagem marcante da sua vida: há vários anos passados ele conquistara uma garota em New York.

Ele e sua namorada eram paupérrimos naquela ocasião, por isso o seu almoço consistia em comprar em um dado local, dois “hot dogs” por um níquel e com isso fazerem a sua refeição. Sendo jovens, levavam aquela situação esportivamente, prometendo-se mutuamente que “hot dog” seria uma palavra lembrada para eles, para sempre. Passados os anos, separaram-se e von Szalay nunca mais soube de sua ex-namorada. Presumivelmente, ela teria já então morrido e veio, desse modo, relembrar a von Szalay aquele episódio de suas vidas de jovens, imprimindo na fita do gravador a palavra combinada: “Hot dog, Art!”

Em 1959, Friedrich Jürgenson, artista e produtor de filmes, deu início à fase de máximo interesse na pesquisa do EVP Em 12 de junho de 1959, em Mölnbo, próximo de Estocolmo, Suécia, ao tentar a gravação de gorjeios de alguns pássaros, ocasionalmente captou vozes estranhas na fita de seu gravador.

O fenômeno repetiu-se um mês depois: em meio a um rumor de fundo, distinguiam-se vozes humanas expressando-se em diversos idiomas. Após quatro anos de investigações, Jürgenson certificou-se definitivamente de que entrara em contato com as almas dos mortos, por esse meio. Além de uma comunicação à Sociedade de Parapsicologia de Estocolmo, ele convocou uma conferência internacional de Imprensa para anunciar a sua descoberta.

Primeiro livro de Jurgenson: Rösterna från Rymden (Vozes do Universo) (Foto: Divulgação)

Em 1964, Jürgenson publicou seu primeiro livro: Rösterna från Rymden (Vozes do Universo). Nesse mesmo ano, 1964, von Szalay anunciou haver captado, em fita magnética, vozes de seus parentes falecidos.

Em 1965, o Dr. Konstantin Raudive, psicólogo e filósofo, entrou em contato com Jürgenson e convenceu-se da autenticidade do fenômeno das vozes eletrônicas, iniciando daí as suas próprias investigações, Bad krozingen, Alemanha.

Em 1968, o Dr. Konstantin Raudive publicou o seu livro Unhoerbares Wird Hoerbar (O inaudível torna-se audível). Esta obra foi convertida para o inglês, sob o título Breakthrough. Ela contém 72.000 frases gravadas em fita magnética por Raudive.

Também em 1968, o padre católico romano Leo Schmid, de Oeschgen, Suíça, foi designado para a pequena paróquia, a fim de facilitar-lhe a pesquisa de EVP Em 1976, pouco após a sua morte, foi publicado o seu livro: Wen die Toten Reden (Quando os Mortos Falam).

Um número enorme de outros investigadores, cuja lista seria fastidioso enumerar, obteve vozes gravadas pelo sistema EVP Várias associações formaram-se na Europa e no EEUU. Com o fito de reunir e estimular os praticantes de EVP.

O Spiricom

A palavra “SPIRICOM” resultou da combinação das sílabas de dois vocábulos ingleses: “Spirit” e “Comunication”. É o nome dado a um sistema eletrônico destinado a obter comunicação verbal, em dois sentidos, entre os vivos e os espíritos desencarnados.

Em 1971, os americanos, George William Meek, Paul Jones e Hans Herckmann, instalaram um laboratório, visando montar o Spiricom, sistema de comunicação verbal com os espíritos, que se esperava fosse mais eficiente do que o EVP.

Em 1973, achava-se concluído o primeiro protótipo do Spiricom, batizado com o nome de Mark I, cujos resultados foram mínimos. No outono de 1974, estrearam o segundo aparelho, Mark II, que também deu poucos resultados. Nessa fase de experiências, George Meek e seus colaboradores a ajuda do plano espiritual, mantendo-se em contato, através de médiuns confiáveis, com uma equipe de físicos e técnicos desencarnados, chefiados pelo cientista britânico falecido em 1962, Dr. William Francis Gray Swann.

Naquela ocasião, George Meek e sua equipe pretendiam conseguir contato com planos espirituais mais elevados; por exemplo: os Planos Causal e Mental. Todavia, os primeiros sucessos foram obtidos graças à colaboração de espíritos do astral médio, conforme iremos ver.

Em 1975, George Meek encontrou um técnico eletrônico ideal; Willian John O’Neil. Este homem possuía as faculdades de clarividência e clariaudiência bem desenvolvidas.

Em seu pequeno laboratório, John O’Neil começou a trabalhar no projeto Spiricom. Em 1976, um espírito visitante do laboratório de O’ Neil revelou-lhe que fora médico e radioamador quando em sua vida. Tornaram-se amigos e combinaram trabalhar juntos para desenvolver o Spiricom. John O’Neil tratava o espírito, na intimidade, por Doc Nick. Planejaram, também, montar um sistema para obtenção de imagens do Plano Astral, o Vidicom, mais tarde plenamente desenvolvido na Alemanha e Luxemburgo.

Em 17 de setembro de 1977, John O’Neil e o espírito “Doc Nick” lograram a primeira comunicação, que foi gravada em um minicassete. Esses Spiricom teve o nome de Mark III, porém o som era de má qualidade, embora permitisse o intercâmbio verbal de dois sentidos. O Mark III operava na faixa de 29 MHz, ao passo que o Mark I e o Mark II funcionavam com 300 MHz e 1.200 MHz respectivamente. Em 27 de outubro de 1977, após alguns reajustes, foram obtidas comunicações um pouco mais nítidas com o espírito Doc Nick. O engenheiro George W. Meek considerou-as o “primeiro grande sucesso”.

Em 22 de setembro de 1989, foi efetuado um maior aperfeiçoamento do Spiricom, que originou o Mark IV. As instruções para a melhoria do aparelho foram fornecidas pelo espírito do falecido físico da Cornell University, Dr. George Jeffreis Mueller. O Mark IV usa sinal de RF portador de uma mistura de 13 audiotons. A faixa de frequência portadora fica entre 29 e 31 MHz. Com esse novo sistema, conseguiram gravar-se cerca de 20 horas de conversação em dois sentidos.

Sistema mais sofisticado

Em 1975, Hans Otto Koenig, de Moenchengladbach, Alemanha Ocidental, orientado pelo espírito Helmuth, projetou o sistema capaz de gerar uma mistura de audiotons com frequência na faixa de 30 MHz (ultrassons).

De 1982 a 1988, Koenig aperfeiçoou seu sistema ao ponto de obter comunicações nítidas e prolongadas, em dois sentidos, com os espíritos.

Em 15 de novembro de 1983, Koenig fez o seu primeiro programa de rádio e TV de Luxemburgo. Uma segunda vez, em 24 de janeiro de 1986, Koenig apresentou-se em um programa ao vivo na mesma emissora. Nessa ocasião, foi estabelecido um contato verbal entre a senhora presente no auditório da TV e seu falecido filho de nome Frank. Cerca de três milhões de telespectadores assistiram ao programa. No dia imediato, 25 de janeiro de 1986, o programa foi reprisado a pedido dos telespectadores.

Hans Otto Koenig utilizou instrumentos avançados para tentar estabelecer contato com os “mortos” (Foto: Divulgação)

Nos dias 7 e 8 de junho de 1986, Hans Otto Koenig participou do segundo Congresso Voice i Immagine da Un’ Attra Dimensione promovido pelo centro Milanese di Metafonia – CEMM. Cerca de quinhentas pessoas compareceram ao conclave. Na ocasião, Koenig instalou seu spiricom no palco do auditório.

Feitos os preparos prévios e estabelecida a comunicação com o plano espiritual, foi presenciado por todos os assistentes um rápido diálogo entre a presidente do CEMM, sra. Virginia Ursi, e o espírito de seu falecido filho Umberto. No final da demonstração, os espíritos controladores fizeram o seguinte prognóstico: “Nós aqui estamos e não estamos mortos. Nós vos enxergamos. Breve nos mostraremos todos pela televisão”.

De fato, àquela altura, já se havia obtido anteriormente algumas fotos dos espíritos, enviadas do plano Astral pelo sistema Vidicom. Vários “slides” dessas imagens foram projetados durante a sessão daquele congresso.

Entre 1985 e 1988, o casal, sr. Jules e sra. Maggy Harsch-Fischbach, de Luxemburgo, após haver praticado durante algum tempo a pesquisa do EVP, entrou em contato com uma entidade espiritual não terrestre. A essa entidade, exclusivamente para fins de relacionamento, deu-se o nome de Techniker. Sem serem técnicos em eletrônica, o sr. Jules a sra. Maggy, orientados pelo Techniker, montaram dois sistemas para comunicação verbal com ó plano espiritual.

O primeiro sistema foi, inicialmente, denominado de Eurosignal Bridge – ESB (Ponte Eurossinal) e permite ouvir e gravar nitidamente a voz dos espíritos. Atualmente esse sistema sofreu aperfeiçoamentos e foi rebatizado de com o nome de Burton Bridge (Ponte Burton). O segundo sistema GA-I permite a conversação contínua em dois sentidos e é por onde a trans-entidade Techniker costuma comunicar-se. Atualmente, o sistema GA-I sofreu uma grande simplificação, reduzindo-se a um simples receptor a frequência modulada (FM).

Vidicom – fotografia de espíritos

Em 1980, pesquisadores de diversos países já haviam assinalado algumas ocorrências esporádicas de imagens de “mortos” em telas de TV.

Em 1985, Klaus Schreiber e seu assistente Martin Wenzel, em Aachen, Alemanha ocidental, começaram a obter imagens de pessoas desencarnadas, em tela de TV. Esse trabalho tornou-se o tema de um filme documentário de TV e de um livro escrito por Rainer Holbe da rádio Luxemburgo.

Em 1987, Jules e Maggy orientados pelos espíritos extraterrestres, techniker, e de uma cientista desencarnada, Swejen Salter, conseguira, também, obter imagens de TV. Dentre essas fotos enviadas do plano astral, há algumas pessoas falecidas que foram identificadas, por serem personagens bem conhecidas. Um fato notório é a semelhança das paisagens do mundo espiritual com as do nosso mundo físico.

TCI por computador

Entre 1980 e 1981, Manfred Boden, na Alemanha Ocidental, obteve, espontaneamente, mensagens de espíritos comunicadores injetadas diretamente em um computador.

Em 1984, na Inglaterra, o professor de economia Kenneth Webster, recebeu através de vários computadores diferentes cerca de 250 comunicações do espírito Thomas Harden, personagem do século XVI. O interessante é que o estilo e a grafia das mensagens são consistentes com a linguagem daquela época.

Em 1987, Jules e Maggy passaram a também receber mensagens dos seus amigos espirituais, através do computador que lhes pertence. O engenheiro George W. Meek e o Dr. Ernst Senkowski receberam uma extensa mensagem quando, em 6 de fevereiro de 1988, estiveram visitando aquele casal.

TCI telefônico

Em 1970, D. Scott Rogo e Raymond Bayless fizeram uma minuciosa pesquisa bibliográfica acerca dos casos de comunicação de espíritos, por intermédio do telefone. Em 1979 publicaram um livro intitulando Phone call from the dead.

Em 1981 e 1983, Manfred Boden recebeu inúmeros telefonemas espontâneos de comunicadores de evolução não-humana.

Finalmente, em 1988, o casal Hars-Fischbach, orientados pela equipe espiritual que o assessora, começou a receber mensagens telefônicas do espírito Swejen Salter, por meio de uma “secretária eletrônica” instalada em seu telefone particular. As mensagens gravadas na “secretária eletrônica” são muito nítidas e livres de ruídos.

O desenvolvimento da TCI prossegue de ambos os lados, aqui no “plano material” e lá no “plano espiritual”. Do nosso lado vão se multiplicando os grupos interessados na captação de mensagens e imagens enviadas do além pelas entidades espirituais (algumas delas extraterrestres). Do lado de lá, os comunicantes do além informam que se acham interessados em ativar ao máximo o processo de TCI. Para isso estão multiplicando as “pontes” construídas no “plano espiritual”. Tais “pontes” são verdadeiras estações emissoras destinadas à TCI com os terrícolas.

Nesse ponto, começamos a entrar na área correspondente à tecnologia da TCI. Preferimos deixar tal matéria a cargo de nossos companheiros e sucessores, os quais irão abordá-la logo a seguir.

Concluindo, prevemos que até o final deste século XX a TCI com o “plano espiritual” tornar-se-á tão comum como o uso do computador atualmente.

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